Desde a passada quinta-feira, 25 de julho, que é possível voltar a ver a impressionante Capela Real do Palácio Nacional de Queluz, em Sintra, uma joia da arquitetura portuguesa projetada por Mateus Vicente de Oliveira no século XVIII. Durante um ano foram feitos trabalhos minuciosos de conservação e restauro que reavivaram as cores, a luzes e os materiais decorativos daquela que é a divisão mais antiga do palácio.
“É a recuperação do património histórico com uma importância decisiva não apenas para Sintra, mas para o país, para a identidade nacional”, sublinhou Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal de Sintra, durante a reabertura. A capela foi objetivo de uma intervenção global de conservação e restauro com o objetivo de permitir a reintegração do Órgão Histórico de Tubos, executado no mesmo século pelo construtor Machado e Cerveira, que vai regressar ao local original ao fim de mais de 100 anos.
As obras contemplaram uma multiplicidade de técnicas artísticas e decorativas, assim como a intervenção nos espaços contíguos, como a Sacristia, as salas adjacentes, os espaços privados do piso superior bem como as áreas de ligação entre os dois pisos. A copa de apoio a eventos, localizado ao nível no piso inferior, também foi renovada.
Com esta intervenção, a capela fica agora pronta para receber o Órgão Histórico de Tubos, que também foi objeto de reparação e restauro. A montagem já teve início e irá decorrer até ao final do ano, num processo que poderá ser observado pelos visitantes do Palácio Nacional de Queliz.
Segundo a Parques de Sintra, acredita-se que o órgão pertencia ao Palácio da Bemposta e que terá vindo para Queluz em 1778, onde permaneceu até 1916. Nesse ano, foi desmontado na totalidade do centro do coro alto e apenas a sua frontaria foi recolocada do lado direito do coro alto. Até essa parte do instrumento foi removida em 1988, ficando a capela sem vestígio do mesmo até à atualidade.
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