O alerta vem do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), e numa altura em que o arquipélago da Madeira reabre faseadamente as suas praias ao usufruto público: a espécie Physalia physalis, vulgo Caravela-Portuguesa, está, de momento, “a ocorrer em grande quantidade nos Açores” (ilhas do Faial, Terceira e S. Miguel) — e na Madeira também foram avistadas algumas, ainda que em menor quantidade.
Segundo o IPMA, na Ilha de São Miguel, Açores, também estão a ser registados avistamentos de águas-vivas (Pelagia noctiluca) e no continente português registam-se muitas veleiro (Velella velella).
Entre as espécies que existem em Portugal, a Caravela-Portuguesa é a que exige mais cuidado, lembra o instituto. E lembra que esta, frequentemente avistada nesta época do ano, é distinguível por apresentar um flutuador azul em forma de balão, com alguns tons lilás e rosa; os seus tentáculos podem chegar aos 30 metros de comprimento e são muito urticantes, capazes de provocar graves queimaduras. Por isso, “é importante relembrar que não se deve tocar nos tentáculos, mesmo quando a Caravela-portuguesa aparenta estar morta na praia”.
No caso de entrar em contacto com um destes bichos, deve limpar a zona afetada com água do mar e devem ser retirados quaisquer pedaços de tentáculos que possam ter ficado presos na pele. Além disso, pode aplicar vinagre sobre a zona e procurar assistência médica.
Segundo uma nota do IPMA, qualquer ocorrência desta ou de outras espécies de organismos gelatinosos poderá ser comunicada ao programa GelAvista. A informação de cada avistamento (data, local, número de organismos e fotografia) deverá ser enviada para o email plancton@nullipma.pt, ou através da aplicação GelAvista disponível na Play Store para sistemas Android.