Após um pré-aviso de greve, o Sindicato Nacional de Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT) anunciaram uma nova paralisação parcial. Durante uma semana, entre os 2 e 6 de junho, a Carris vai contar com “algumas perturbações no serviço regular de transportes. Há ainda uma greve de 24 horas marcada para 12 de junho.
“A Carris fará todos os esforços com vista a minorar os inconvenientes desta perturbação parcial do serviço e lamenta eventuais incómodos causados aos Clientes”, pode ler-se no anúncio publicado no site oficial do órgão, esta sexta-feira, 30 de maio.
A decisão surge na sequência do desacordo sobre as atualizações salariais. Os trabalhadores exigem uma redução do horário de trabalho para 35 horas semanais e um “aumento salarial significativo”.
De acordo com o sindicato, após uma primeira reunião do grupo de trabalho criado, já se tinha conseguido reduzir a prestação de trabalho efetivo para cerca de 37 horas e 30 minutos semanais, “facto que só foi assumido por todos os envolvidos nesse processo algum tempo depois”, sublinha o SNMOT.
Contudo, a estrutura sindical acusa a empresa de não ter facultado os dados pedidos, que permitiriam apresentar “propostas o mais fidedignas possíveis e alcançáveis pela empresa”.
“Ao contrário de outros, o SNMOT não pretende ficar à espera das propostas da empresa para depois as criticar ou as rejeitar”, referiu a organização sindical durante um plenário realizado em Miraflores, Oeiras.
A Carris, gerida pela Câmara Municipal de Lisboa desde fevereiro de 2017, assegura o serviço de transporte rodoviário público na capital. Nos últimos anos, tem sido afetada por várias paralisações.
Ainda em março, os trabalhadores realizaram uma greve de 24 horas com reivindicações semelhantes: o aumento da tabela salarial e a redução do horário de trabalho semanal.