Se Cascais já era uma zona conhecida pelo luxo, as próximas mudanças anunciadas na passada quarta-feira, 17 de janeiro, pela Câmara Municipal, vão reforçar ainda mais esse estatuto.

De acordo com o jornal “Diário de Notícias”, está prestes a chegar uma marina completamente renovada e um grande espaço verde à entrada da cidade. Mas as novidades não ficam por aqui.

Ao “DN”, o vice-presidente da autarquia, Miguel Luz, explica que alguns dos espaços da marina estão abertos atualmente, mas vão ser encerrados durante algum tempo por causa das obras, que começam no final deste ano.

“[Vai ser inaugurado] um novo hotel, de uma cadeira internacional, um novo espaço comercial, um novo espaço de amarração. Marcas de restauração, as principais marcas internacionais vão estar. Vai ser um centro muito ligado ao luxo, ao cosmopolitismo, ao glamour, representativo do que Cascais tem vindo a fazer nos últimos 60, 70 anos”, afirma Miguel Luz.

No parque de estacionamento da nova marina vai ser construído o Museu de Arte Urbana e Contemporânea de Cascais. O espaço com quase três mil metros vai ter 250 obras do artista urbano Vhils e, numa outra metade do museu, vai existir um museu do automóvel clássico. 

Quanto às restantes novidades, está também previsto que cheguem à cidade um El Corte Inglês em Cascais, assim como a Faculdade de Medicina da Universidade Católica, cujo projeto ainda está em certificação. Vai nascer ainda o edifício Cruzeiro, onde ficará a Escola de Teatro de Cascais, a nova sede do Teatro de Cascais (TEC) e o arquivo do mesmo.

Na zona de Carcavelos, onde está neste momento a ser construído o novo pólo da Nova School of Business and Economics, vai nascer a urbanização Quinta dos Ingleses que, segundo o “Diário de Notícias”, se trata de um projeto de 52 hectares projectado por José Adrião onde vão existir vários hotéis.

Por fim, a entrada de Cascais vai receber um grande espaço verde da autoria do atelier Fragmentos de Arquitetura, o que vai implicar o encerramento do hipermercado Jumbo, aberto desde 1973.

“Aquela desorganização urbanística vai deixar de existir. Em cima nascerá um grande espaço verde aberto ao público e alguns condomínios privados”, afirma o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais.

Recorde que Cascais foi uma das primeiras Câmaras Municipais do País a cobrar taxa turística. Desde fevereiro de 2017 que ficar a dormir uma noite na cidade custa mais 1€. Os lucros desta taxa foram utilizados para financiar projetos como o Museu de Arte Urbana e Contemporânea de Cascais.