Na cidade

Circulação entre Algés e Cais do Sodré vai ser retomada este mês

As 18 semanas previstas inicialmente para a intervenção na Linha de Cascais prolongaram-se durante muito mais tempo.
Circulação normal a partir de 11 de março.

A Linha de Cascais vai retomar a circulação normal entre Algés e Cais do Sodré a 11 de março, ficando assim concluído o primeiro troço da sua modernização. No entanto, as obras avançam para a linha de Oeiras e Cascais, que só têm fim previsto para o final do ano, avançou fonte oficial da Infraestruturas de Portugal (IP) ao jornal “Observador”. 

Trata-se de uma das principais linhas suburbanas do País, que transporta um tráfego médio diário de mais de 100 mil passageiros. Ainda assim, desde maio de 2023 que esta linha foi alvo de interrupções entre o Cais do Sodré e Algés, das 23 horas até ao último comboio, de segunda a sexta. Por sua vez, no fim de semana, as pausas começavam às 5h30 da manhã e só retomavam às 9h30. No período da noite, era alvo de paragens entre as 19h30 e as 20 horas até ao último comboio.

Na altura, a CP emitiu em comunicado a indicar que esta situação deveria durar apenas 18 meses — ou seja, cerca de quarto a cinco meses. Decorridos 10 meses, os constrangimentos continuam a verificar-se. As justificações dadas pela IP são atribuídas às várias paragens que o empreiteiro se viu obrigado a fazer, por exemplo, devido à Jornada Mundial da Juventude, provas desportivas e concertos. 

Ainda assim, a empresa reconhece que ocorreram “diversas vicissitudes” com a obra, como a falta de mão de obra, que “contribuíram para o atraso verificado”. Além disso, as obras estavam a acontecer na mesma zona que decorrem as intervenções do Metro, que irá ligar a estação do Cais do Sodré à nova linha que inclui Santos e Estrela — outro fator a perturbar o cumprimento da duração esperada.

A empreitada de modernização da Linha de Cascais tem um orçamento de 31,6 milhões de euros, com início em dezembro de 2022. Além das obras, está prevista a migração do sistema de eletrificação em corrente contínua, único no sistema ferroviário nacional, para 25 kV em corrente alternada — transformação que implica a troca total da catenária entre Cais do Sodré e Cascais.

Por fim, espera-se com esta intervenção criar um novo sistema de sinalização e controlo de velocidade, sistemas de videovigilância e beneficiações de estações e apeadeiros. A renovação da frota de comboios está incluída na encomenda de 117 novos comboios, mas a entrega só será concluída daqui a três anos.

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