Em 2024, os motoristas de Lisboa perderam 79 horas por ano, equivalendo a 4740 minutos, nas estradas durante os períodos de maior movimento. Embora este número possa parecer elevado, Lisboa é a terceira capital europeia com menor congestionamento de tráfego, segundo os dados do índice global de tráfego da TomTom, divulgado a 7 de janeiro.
O estudo da empresa neerlandesa, reconhecido mundialmente como um dos principais estudos de tráfego e mobilidade, analisa a circulação do trânsito em 500 cidades de todo o mundo. Em 2024, Lisboa destacou-se como a quinta cidade do mundo com menos trânsito e a oitava capital europeia onde se perde menos tempo durante as horas de ponta.
Os dados indicam que, na capital, são necessários 23 minutos e 43 segundos para percorrer 10 quilómetros. Em contraste, em Bruxelas, na Bélgica, os condutores levam cerca de meia hora para percorrer a mesma distância.
“Uma melhor mobilidade traduz-se numa melhor qualidade de vida para os lisboetas. Estes dados são fruto de uma visão equilibrada para a cidade”, destaca o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, sobre os resultados apresentados no relatório da Tom Tom.
Em comparação com outras cidades europeias, Valeta, em Malta, ocupa o primeiro lugar com 36 horas perdidas durante as horas de ponta. A seguir, estão o Luxemburgo (segundo lugar), Bratislava, na Eslováquia (terceiro), Liubliana, na Eslovénia (quarto), Amesterdão, nos Países Baixos (quinto), Madrid, em Espanha (sexto), e Estocolmo, na Suécia (em sétimo). No final da lista encontra-se Dublin, na Irlanda, com um total de 155 horas perdidas no trânsito por ano.
Dentro do universo das 500 cidades analisadas, Lisboa posiciona-se em 294.º lugar, apresentando um nível de congestionamento de 26 por cento. A Cidade do México lidera o índice, com um nível de trânsito de 52 por cento.
Vale a pena recordar que, no estudo da empresa americana de análise de transportes Inrix, divulgado a 6 de janeiro, Lisboa surge como a primeira cidade portuguesa a figurar no ranking das metrópoles com o trânsito mais congestionado da Europa.
O ano passado, os condutores que circularam pela capital perderam, em média, 60 horas em engarrafamentos por ano, segundo o relatório da Inrix — um número inferior ao aferido pela Tom Tom.