É um dia que vai ficar guardado na memória de quem vive e trabalha na Serra de Sintra. 19 de março de 2025 é a data que marcou a passagem da depressão Martinho pela zona, causando “danos consideráveis”. Agora, já é possível voltar a visitá-lo mas, atenção, algumas vias e zonas florestais ainda estão interditas.
A destruição causada pela tempestade impediu a circulação no perímetro florestal e obrigou ao encerramento de vários monumentos históricos, como a NiT lhe contou, de acordo com a informação avançada Parques de Sintra, empresa que gere diversos parques e monumentos da região.
Um dos espaços que se manteve fechado, como consequência da tempestade, foi o Convento dos Capuchos, fundado em 1560. Quase quatro meses depois, o espaço reabre finalmente ao público, depois de serem consideradas restabelecidas as condições de segurança para a circulação na Estrada dos Capuchos e da estrada que liga o Pé da Serra ao cruzamento dos Capuchos.
“As restantes vias e zonas no Perímetro Florestal continuam fortemente condicionadas e interditas, devido aos trabalhos que a Parques de Sintra e a Câmara Municipal de Sintra estão a levar a cabo”, refere a entidade responsável.
Na noite de 19 para 20 de março, a passagem da depressão Martinho provocou a queda de cerca de 100 mil árvores na Serra de Sintra, afetando 280 dos cerca de mil hectares sob gestão da Parques de Sintra, que incluem o Convento dos Capuchos e o bosque que o rodeia. “Este fenómeno climático extremo e inédito na região foi particularmente destrutivo”, refere a empresa.
Desde março, os esforços da Parques de Sintra já permitiram a recolha de cerca de 3 milhões e 200 mil quilos de madeira nas áreas afetadas pela tempestade. A empresa tem agora em curso o projeto de recuperação faseada das áreas florestais que sofreram estragos.
No entanto, afirma que é um trabalho que vai prolongar-se durante os próximos dois anos e que implica um investimento de cerca de 3 milhões de euros. O plano inclui a rearborização das áreas afetadas, priorizando a plantação de espécies autóctones, recuperação da cobertura vegetal, manutenção do equilíbrio hídrico e restabelecimento dos habitats naturais.
