Na cidade

CP vai ter 117 novos comboios, além de, “pelo menos” uma nova fábrica em Portugal

O objetivo é substituir algumas automotoras. A ferrovia "é uma maneira de industrializar o País", defende o ministro das Infraestruturas.
São esperadas novas unidades.

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, anunciou esta quarta-feira, 22 de março, a criação de “pelo menos uma” nova fábrica para construção de comboios da CP — Comboios de Portugal. Os detalhes sobre a unidade fabril ainda são escassos, mas sabe-se que poderá criar até mil novos postos de trabalho.

Ao mesmo tempo, o País entra “num novo capítulo para os portos nacionais” com a reforma legislativa no setor, defende o governante. As declarações foram feitas numa audição regimental na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, em Lisboa.

João Galamba destacou os “investimentos na área de recuperação de material circulante e aquisição de novos comboios”, divulgando que “a CP vai reforçar a oferta com 117 novos comboios. 62 deles serão utilizados nos serviços suburbanos da CP. As restantes 55 composições servirão para o serviço regional. As novas unidades irão substituir as automotoras UTE 2240.

Portugal está a cumprir “todos os compromissos e metas assumidos perante a Comissão Europeia no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, estando 37 por cento das obras a decorrer ou em contratação, acrescentou o ministro.

Entre as atividades em curso, está o troço da variante à EN14 entre a Maia e Trofa, enquanto a Infraestruturas de Portugal prepara o concurso para a obra do último troço desta variante, entre a Trofa e Santana, que inclui a nova ponte sobre o rio Ave. Estão também a decorrer, segundo o Ministro, as obras o troço do IC35 entre Penafiel e Rans.

Atualmente, estão a ser realizadas várias intervenções para corrigir constrangimentos nas vias, num total de mais de 500 quilómetros de linhas ferroviárias em obras dos quais, quase 100 quilómetros (o equivalente a um investimento de 1.200 milhões de euros), decorrem nas Linhas do Norte, da Beira Alta, do Oeste, de Évora, de Cascais e do Algarve.

Para João Galamba, a ferrovia “é uma maneira de industrializar o país”, defendendo a criação de iniciativas que se “traduzam em investimento”, desde que em articulação com as unidades existentes. As novidades foram divulgadas num momento em que o Sindicato Nacional dos Maquinistas (SMAQ) anunciou uma nova greve prevista para abril.

Os funcionários acusam a empresa de não ter “efetuado qualquer diligência para a resolução do conflito laboral em curso”. Os empregados pedem aumentos salariais e melhoria nas condições de trabalho. Leia este artigo da NiT e conheça mais detalhes sobre o caos nas ligações ferroviárias que poderá acontecer no próximo mês.

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