Tal como 2020, também o ano passado foi bastante atípico, e isso verificou-se, entre vários outros fatores, nos preços das casas em Portugal. Foram lançados a 4 de janeiro dois novos estudos relacionados com o imobiliário português que revelam valores totalmente opostos. Enquanto que arrendar uma casa no País foi mais barato em 2021, comprar uma propriedade tornou-se mais caro.
Os preços das casas para arrendar em Portugal desceram 4,3 por cento em 2021, considerando os dados de dezembro de 2021 e do mesmo mês do ano passado. Segundo o índice de preços do site Idealista, arrendar casa tinha um custo de 10,7€ por metro quadrado no final de dezembro de 2021.
Já o estudo da plataforma Imovirtual adianta que o preço médio de venda dos imóveis anunciados no site, em 2021, foi de 362.870€. Este valor representa um aumento geral do preço das casas, com uma variação de 5,1 por cento em relação a 2020 (345.412€) e de 11,8 por cento em relação a 2019 (324.559€).
Durante o último ano, os preços das casas para arrendar desceram na Região Autónoma dos Açores (menos 8,7 por cento), na Área Metropolitana de Lisboa (menos 4 por cento) e no Norte (menos 1,7 por cento). Por outro lado, foi no Alentejo onde se assistiu a uma maior subida dos preços (9,5 por cento), seguida pelo Algarve (7,6 por cento), Região Autónoma da Madeira (6,6 por cento) e Centro (4,9 por cento).
Mesmo assim, a Área Metropolitana de Lisboa, com 12,4€ por metro quadrado, continua a ser a região mais cara, seguida pelo Algarve (9,8€ por metro quadrado), Norte (9,1€ por metro quadrado) e Região Autónoma da Madeira (8,6€ por metro quadrado). Do lado oposto da tabela encontram-se o Centro (6,5€ por metro quadrado), a Região Autónoma dos Açores (6,6€ por metro quadrado) e o Alentejo (7€ por metro quadrado), que são as regiões mais baratas.
À semelhança do que acontece nos valores do arrendamento, Lisboa foi o distrito mais caro para se comprar uma casa, com um preço médio de 578.083€. Seguem-se Faro (479.300€), Região Autónoma da Madeira (359.513€) e Porto (323.016€). No entanto, o aumento de preço mais significativo em 2021, face a 2020, regista-se em Évora, com o preço médio a passar de 204.690€ para 238.373€ (16,5 por cento). Depois temos a Madeira (10,5 por cento), Aveiro (9,8 por cento); Beja (9 por cento) e Braga (8,6 por cento).
Os distritos da Guarda e Portalegre, onde o preço de venda foi mais baixo em 2021, são também os únicos que registam descida de valores em relação a 2020 (menos 8 por cento e menos 3,3 por cento).
No que diz respeito às cidades capitais de distrito, o preço de arrendamento em 2021 desceu apenas em Lisboa — arrendar casa na capital é agora 2,9 por cento mais barato. Por outro lado, os preços aumentaram em Castelo Branco (20,7 por cento), Viana do Castelo (14,3 por cento), Faro (12,2 por cento), Coimbra (7,6 por cento), Funchal (7,3 por cento) e Braga (7 por cento). Seguem-se Setúbal (6,7 por cento), Leiria (5,9 por cento), Viseu (5,8 por cento) e Aveiro (2,8 por cento). Na cidade do Porto, os preços mantiveram-se praticamente estáveis em 2021, com uma subida de apenas 0,2 por cento.
Não surpreendendo ninguém, Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa: 13,4€ por metro quadrado. Porto (10,7€) e Faro (8,9€ por metro quadrado) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Já as cidades mais económicas são Viseu (5€ por metro quadrado), Santarém (5,2€ por metro quadrado), Castelo Branco (5,2€ por metro quadrado), Leiria (5,8€ por metro quadrado) e Viana do Castelo (6€ por metro quadrado).
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