Na cidade

Emblemático mural “Fado Vadio” nas Escadinhas de São Cristóvão vai ser destruído

A Câmara Municipal de Lisboa vai demolir o edifício devoluto consumido por um incêndio em agosto por risco de colapso.
Parede será demolida.

O mural “Fado Vadio”, homenagem ao fado e ícone dos roteiros de arte urbana lisboeta, está prestes a desaparecer.  Criado em 2012 por um coletivo de artistas composto por Nuno Saraiva, Hugo Makarov, Mário Belém, Pedro Soares Neves, UAT e Vanessa Teodoro nas Escadinhas de São Cristóvão, na Mouraria, o trabalho que retrata os fadistas Maria Severa, Fernando Maurício e Franklin, será obliterado pela demolição do edifício camarário onde se encontra.

A Câmara Municipal de Lisboa decidiu derrubar o prédio devido a um incêndio ocorrido em agosto que, segundo a Proteção Civil, causou “risco objetivo imediato de colapso do remanescente” da estrutura.  

Devoluto desde 2001, o edifício era utilizado por toxicodependentes, apesar de vedado (o acesso era feito por um buraco na vedação). O incêndio provocou o desabamento do interior e pequenos danos em prédios contíguos.

Contactada pela NiT, a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior desconhece os planos da autarquia para o local após a demolição, mas acredita que será construído um novo prédio de habitação municipal. 

A Junta afirma ainda não ter sido informada sobre o que irá acontecer à parede onde está o mural, confirmando apenas o fim iminente da obra.

O mural.

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