Esta quarta-feira, 13 de janeiro, a Assembleia da República votou favoravelmente novo período de estado de emergência. É a nona vez que tal acontece desde o início da pandemia, numa altura em que Portugal vive os dias mais difíceis de combate à Covid-19 desde o início da pandemia.
O debate que antecedeu a votação permitiu aos partidos apresentar as suas posições mas, salvo algumas posições contrárias, a aprovação nunca esteve propriamente em causa. O documento foi aprovado, com PS, PSD e CDS a votar favoravelmente, tal como a deputada não-inscrita Cristina Rodrigues. Votaram contra os deputados do PCP, PEV, Iniciativa Liberal, Chega e a deputada não-inscrita Joacine Katar Moreira, enquanto o BE optou pela abstenção.
O próprio projeto de decreto presidencial, hoje votado, modifica e renova o estado de emergência prevendo já medidas as medidas mais apertadas durante o novo confinamento. O Estado de Emergência terá efeitos a partir de amanhã, quinta-feira, coincidindo com o início de confinamento, e deverá manter-se até ao dia 30 de janeiro. É previsível que volte então a ser renovado, dado o período previsto de confinamento ser de pelo menos um mês.
Hoje ainda serão conhecidas as medidas em concreto que vão funcionar durante o novo período de confinamento mas o próprio primeiro-ministro, António Costa, tem realçado que os portugueses podem esperar algo próximo do que o País viveu em março e abril, na primeira fase de combate à propagação da Covid-19.
Uma das exceções de maior destaque está nas escolas, que deverão continuar abertas, pelo menos, para crianças até aos 12 anos de idade. Esta foi apenas uma das propostas que esteve em discussão na reunião de terça-feira, na sede do Infarmed, uma reunião que serviu também para preparar o País para as semanas difíceis que se avizinham, e deverão implicar novo recordes negativos mesmo com confinamento, já que entre a decisão e as medidas começarem a ser sentidas há sempre um período de duas a três semanas.
A última terça-feira ficou também marcada como o dia mais mortal até ao momento, com o registo de 155 óbitos por complicações causadas pela Covid-19.