Está na altura de ligar o botão da nostalgia, ir ao armário buscar o casaco azul e amarelo que um voluntário lhe deu numa noite mais fria e ir à caixa das recordações à procura da foto com o Gil, ou do passaporte cheio de carimbos de cada pavilhão, que a maioria das pessoas que visitou a Expo 98, há 20 anos, guardou religiosamente.
A Expo começou a 22 de maio de 1998, a NiT já lhe contou todo o processo revolucionário que aquela zona, antes abandonada, sofreu, já lhe mostrou o antes, o durante e o depois das obras e até já lhe fez um relato minucioso do primeiro dia de Exposição Internacional de Lisboa.
Mas à medida que o marco das duas décadas do evento, considerado pela própria Bureau International des Expositions como o melhor de sempre, se aproxima, é inevitável recordar mais detalhes, como este.
Conta agora a Lusa, citada pelo “Observador“, que a 19 de maio de 1998, três dias antes da abertura da Expo’98 e faz este sábado 20 anos, era inaugurada em Lisboa a linha Vermelha do Metro, entre Alameda e Oriente. Tinha composições de seis carruagens, criadas de propósito para transportar os milhares de visitantes que eram esperados diariamente na exposição mundial.
Lisboetas, visitantes e turistas, pessoas de todas as idades e gerações, rumaram durante os 132 dias da exposição à capital e guardaram memórias marcantes, dos pavilhões e concertos na Praça Sony, ao Oceanário e performances no rio. A cidade tornou-se o centro das atenções, movimentada, alargada em área e rejuvenescida. Recebeu um total de 11 milhões de visitantes.
Segundo o Metropolitano de Lisboa, citado pela agência noticiosa, a abertura deste troço foi um marco particularmente importante na história deste transporte, pois tratava-se da primeira linha completamente independente a ser inaugurada desde a entrada em exploração da rede, em 1959.
O novo troço tinha, então, uma extensão de cinco quilómetros e incluía sete novas estações: Alameda II, Olaias, Bela Vista, Chelas, Olivais, Cabo Ruivo e Oriente.
De acordo com informações da empresa, as obras da linha Vermelha tiveram início em maio de 1995, com a abertura de um poço na Alameda, por onde entrou a tuneladora para fazer as escavações em túnel e custaram aproximadamente 332 milhões de euros.
Todas as estações da linha Vermelha do Metro receberam interiores modernos e cheios de design, criados por arquitetos e artistas de renome. O projeto arquitetónico da estação do Metro do Oriente, que dava acesso à Exposição Mundial, foi da autoria do arquiteto Sanchez Jorge, com um interior decorado com obras de arte de artistas do mundo inteiro que perpetuam, até aos nossos dias, a Expo’98 e o seu tema: a preservação dos oceanos.
Foram convidados pelo Metropolitano de Lisboa 11 artistas de renome internacional, representantes dos cinco continentes, dos quais cinco são europeus, três asiáticos, um africano, um norte-americano e um australiano, para criarem obras para aquela estação.
Depois da abertura da Ponte Vasco da Gama e da inauguração da Gare ferroviária do Oriente, a Expo estava pronta para receber os seus visitantes.