A vaga de calor que se tem sentido nos últimos dias — e que parece não ter fim à vista — não afeta apenas Portugal. Também no Reino Unido, por exemplo, as pessoas se têm queixado das elevadas temperaturas e, de acordo com o “Daily Mail”, há quem defenda que está demasiado calor para trabalhar.
O jornal britânico avança que alguns funcionários pediram para exercer as suas funções a partir de casa e que os especialistas dos recursos humanos solicitaram aos empregadores que permitissem o teletrabalho para evitar uma deslocação “árdua” e em “condições sufocantes”, salientando que o tempo quente “aumenta sempre a probabilidade de doença”.
Outra opção é oferecer aos trabalhadores os chamados “dias de sol”, ou seja, um ou dois dias extra de férias anuais que estes possam utilizar em casos de calor inesperado.
Em Portugal, a situação não está melhor. De acordo com o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), a vila de Coruche, no distrito de Santarém, pode bater o recorde de temperatura máxima em toda a Europa ao chegar aos 48 graus.
O máximo europeu foi registado na cidade de Sicília, em Itália, o ano passado, quando os termómetros atingiram os 48,8 graus — a temperatura mais alta de sempre. Já em Portugal, o recorde aconteceu em agosto de 2003, quando a freguesia de Amareleja, no distrito de Beja, atingiu os 47,4 graus.
De acordo com as previsões, a vaga de calor regressa em força esta segunda-feira e irá prolongar-se até ao final da semana. Esperam-se máximas que podem atingir os 43 graus, sobretudo nas regiões mais quentes do interior alentejano.
Devido às temperaturas elevadas e risco de incêndios rurais, Portugal encontra-se em situação de contingência até sexta-feira, 15 de julho. Carregue na galeria para descobrir as medidas recomendadas pela Direção-Geral da Saúde para prevenir os efeitos do calor intenso.