Classificado Reserva da Biosfera pela UNESCO desde 2011, o arquipélago das Berlengas, ao largo de Peniche, é considerado um “laboratório natural vital para a conservação da biodiversidade”. Agora, o Governo quer acrescentar um centro interpretativo ambiental a este “tesouro de biodiversidade”.
O novo espaço irá nascer no Forte de São João Batista, que será requalificado, detalha o anúncio divulgado esta quinta-feira, 13 de fevereiro. Embora seja usado há décadas como uma “estrutura provisória de alojamento”, tem “poucas condições e está degrado, e muito aquém do potencial histórico e arquitetónico que tem”, salienta o ministério do Ambiente e da Energia, citado pelo “Observador”.
O objetivo do executivo é “recuperar um forte em estado de degradação e convertê-lo num centro de conhecimento sobre a biodiversidade pode enriquecer a experiência dos turistas que visitam as Berlengas, além de oferecer suporte a atividades científicas, especialmente fora da época alta de turismo”.
Nos próximos seis meses, será realizado um estudo que visa identificar maneiras de implementar uma gestão mais eficiente da capacidade de visitantes na Berlenga Grande, maior das ilhas do arquipélago, também inclui a Estelas e a Farilhões-Forcadas.
O estudo incluirá também uma análise a possíveis alternativas energéticas e hídricas autossuficientes para o forte. O principal objetivo é promover a autossustentabilidade da ilha, garantindo um equilíbrio entre a preservação da natureza e as atividades turísticas.
A intervenção será financiada através da taxa turística e do Fundo Ambiental, conforme estipulado no despacho publicado no Diário da República. A visita às Berlengas custa 3€, sendo que os visitantes com idades entre os seis e os 18 anos, assim como os maiores de 65 anos, pagam apenas metade deste valor.
