Desde julho de 2019 que o Programa Regressar, que incentiva o retorno de emigrantes portugueses, recebeu cerca de sete mil candidaturas. Trata-se de uma iniciativa do governo que oferece vantagens fiscais e financeiras aos emigrantes que querem regressar e trabalhar no País.
Para incentivar o regresso dos portugueses e promover o programa, que tem algumas regras novas, o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, deslocou-se a Paris na sexta-feira, 27 de janeiro. Uma das grandes novidades do programa é que vai ser alargado aos emigrantes que estejam desempregados no país onde vivem atualmente, o que não acontecia até agora. Vão passar também a ser abrangidos aqueles que saíram de Portugal até 2019, em vez de 2015. Outra possibilidade que está a ser estudada é incluir os portugueses com bolsas de mestrado e doutoramento, e que se encontram fora do País.
“Todos os países procuram atrair pessoas e nós temos muito talento espalhado por diferentes recantos do mundo e temos de fazer tudo para atrair aqueles que saíram não por ato de vontade, mas por circunstâncias de não encontrarem à época as oportunidades no mercado de trabalho que gostariam”, disse Miguel Fontes, citado pela SIC Notícias. Agora, “a taxa de desemprego é muito baixa” e Portugal tem “uma economia que está a crescer e projetos onde se podem encaixar”.
O programa Regressar foi lançado em 2019 e, desde essa altura, já regressam mais de 11 mil emigrantes espalhados pelo mundo. O maior número de candidaturas têm chegado da Suíça, França e Reino Unido e, entre os candidatos, cerca de 40 por cento tem habilitações ao nível do ensino superior.
A iniciativa oferece vantagens fiscais, financeiras, acompanhamento na procura de emprego, apoio ao reconhecimento das habilitações e ainda aperfeiçoamento da língua. “A ideia é atrairmos pessoas já nascidas nos países de emigração, ainda que a esmagadora maioria dos que regressaram sejam pessoas que saíram entre 2011 e 2015. É por isto que é importante fazer estas sessões para divulgar o programa e mostrar que mesmo quem nasceu noutros países, mas deseja instalar-se em Portugal, pode fazê-lo”, sublinha Miguel Fontes.