Na noite deste sábado, 7 de dezembro, apoiantes do movimento ambientalista Climáximo desligaram as luzes de Natal em vários pontos de Lisboa, protestando a falta de ação governamental face às alterações climáticas. As iluminações foram apagadas na Alameda Dom Afonso Henriques, na Avenida da Liberdade e numa rua na Baixa-Chiado.
A ação do grupo estendeu-se ainda à árvore de Natal no Terreiro do Paço. Neste caso, porém, em vez do escuro, os ativistas acenderam enfeites alternativos com uma mensagem na qual se podia ler “resistência climática”.
“Há pouco mais de um mês, 250 pessoas morreram em Valência em cheias catastróficas provocadas pela queima de combustíveis fósseis. Em Valência, centenas de famílias terão um lugar vazio à mesa de Natal”, começou por explicar a porta-voz da ação, Maria Mesquita, no local.
Alertando os visitantes para o risco que a humanidade enfrenta, acrescentou: “Eles, os governos e as empresas que continuam a queimar combustíveis fósseis, estão a tornar o planeta num verdadeiro inferno. E nós, as pessoas comuns, temos de entrar em resistência e travá-los já.”
Segundo o movimento, que desafiou os lisboetas “a ouvirem a mensagem mais importante desta década”, não foram causados danos nas instalações luminosas. Não houve registo formal do incidente junto da PSP, noticiou a RTP.
O Climáximo nasceu em 2015 e assume-se como um “grupo de ativistas movidos pela urgência do combate às alterações climáticas e os seus graves efeitos”. Os responsáveis garantem que lutam por ideias novas e sustentáveis de bem-estar, além de se focarem na justiça social e climática“. Ainda assim, atuam sistematicamente contra a lei, tendo inclusive sido responsáveis pela destruição do espaço público.