O ministro da Administração Interna determinou que a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) irá abrir um inquérito para o apuramento dos factos sobre a atuação da GNR e da Proteção Civil durante o incêndio que teve lugar na madrugada de domingo, 19 de julho, e que atingiu dois canis localizados na zona florestal de Agrela, em Santo Tirso.
No domingo, uma petição foi lançada, afirmando que “esta situação não pode ficar impune”, e que já conta com mais de 156 mil assinaturas. Em causa está a atuação dos donos do Cantinho 4 Patas, um dos canis, e das autoridades presentes.
De acordo com a petição, estes responsáveis terão proibido a entrada de qualquer pessoa na sua propriedade, onde estavam 150 animais. Os cidadãos que acorreram ao local tentaram resgatar estes animais, mas foram impedidos pela GNR.
Acabaram por morrer 52 cães e dois gatos. O PAN apresentou queixa ao Ministério Público por “crime contra animais de companhia” e pediu esclarecimentos sobre a morte destes animais, noticia o “Público”.
Por outro lado, a GNR defende-se afirmando que a morte dos animais não se deveu ao facto de ter impedido o acesso aos populares, mas sim à dimensão do incêndio. Ao todo foram 190 os animais recolhidos com vida dos dois canis. Nenhum dos espaços é legal, e ambos tinham já sido alvo de “contra-ordenações e vistorias” de “várias entidades fiscalizadoras”, referiu o Ministério da Agricultura, citado pela mesma publicação.