O incêndio que deflagrou esta terça-feira, 17 de setembro, em Castro Daire alastrou a Arouca por volta das 23 horas. Durante a madrugada, a situação deteriorou-se, com as chamas a atingirem os Passadiços do Paiva, uma das principais atrações turísticas da região.
As imagens do cenário infernal, onde o verde da vegetação foi substituído pelo laranja das labaredas, têm sido amplamente divulgadas nas redes sociais, mostrando os passadiços em chamas. “De facto, estão a arder, mas essa não é a nossa maior preocupação. O que realmente nos preocupa são as aldeias, as pessoas e a segurança dos indivíduos e dos seus bens”, sublinhou a presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, em declarações à RTP3.
Atualmente, existem “três frentes ativas que suscitam preocupação”, pois “há muito poucos meios operacionais no terreno”. As autoridades continuam a combater o fogo com o intuito de tentar minimizar os danos.
O incêndio chegou a lavrar “lado a lado” com a ponte 516 Arouca, uma das maiores pontes pedonais do mundo, inaugurada em 2021. As chamas deflagraram no concelho vizinho de Castro Daire, no distrito de Viseu, onde as várias frentes de fogo continuam a mobilizar 106 operacionais e 25 veículos de várias corporações.
Em Arouca, concelho classificado como Geoparque da UNESCO, com uma área de 329,11 quilómetros quadrados, as frentes ativas estão situadas em Alvarenga, na zona de Covêlo de Paivó e Janarda, Canelas e Espiunca.