Confortáveis, silenciosos, modernos, amigos do ambiente e com maior capacidade de carga. São estas as características dos novos veículos que começaram a circular na capital esta sexta-feira, 22 de setembro. A Carris, empresa municipal de transporte público de Lisboa, adquiriu 15 elétricos, três dos quais já se encontram em funcionamento.
Os novos veículos, com 28 metros, vêm juntar-se assim aos 10 adquiridos em 1995, para operar na carreira 15D, a “linha mais antiga da cidade”. Neste momento, devido às obras do Plano Geral de Drenagem de Lisboa, o circuito está a fazer a ligação entre o Cais do Sodré e Algés. Quando a intervenção terminar, vai até à Praça da Figueira e, depois, até Santa Apolónia. Prevê-se ainda que chegue até ao Jamor, no concelho de Oeiras.
“Temos ainda o sonho, a expetativa, de levar a linha até ao Parque das Nações e termos assim o arco ribeirinho com este modo de transporte”, apontou o presidente da Carris, Pedro Bogas, citado pelo “Jornal de Negócios”.
Os 15 elétricos são mais compridos do que os veículos com 24 metros que entraram ao serviço da empresa no final do século XX. Têm, por isso, capacidade para transportar 221 passageiros, mais 15 do que o modelo atual.
A compra, anunciada em 2021, representa o maior investimento de sempre feito pela cidade na sua rede elétricos modernos: foram 40,4 milhões de euros. A Carris anunciou também que vai investir 170 milhões de euros na renovação da frota até 2026. Até ao início do próximo ano, deverão chegar 44 autocarros elétricos — 30 standard e 14 mini — e outros 24 articulados a gás natural.
Em 2026, a empresa prevê adquirir, aproximadamente, 350 autocarros a energias limpas. O objetivo é alcançar a neutralidade carbónica em Lisboa, até 2030.