Primeiro veio o prestigiado prémio Europa Nostra 2018, atribuído por um júri ao projeto de reabilitação do Jardim Botânico do Palácio Nacional de Queluz. Agora, chegou a escolha do público.
A Parques de Sintra anunciou este sábado que a Escolha do Público, do Prémio da União Europeia para o Património Cultural / Prémios Europa Nostra 2018, foi atribuído ao projeto de reabilitação do Jardim Botânico do Palácio Nacional de Queluz, que já tinha conquistado o prémio do júri, na categoria Conservação. A obra conseguiu assim uma distinção inédita para uma instituição nacional.
O galardão foi entregue dia 22 de junho, na gala dos Prémios Europeus do Património Cultural, que aconteceu no Centro de Congressos de Berlim. No total foram apresentadas 160 candidaturas por organizações e particulares, de mais de 31 países europeus.
A reabilitação começou a ganhar forma em 2012, quando a Parques de Sintra assumiu a gestão dos Jardins e Palácio Nacional de Queluz, e iniciou um processo de investigação histórica e sondagens arqueológicas que possibilitou o restauro do local.
O Jardim Botânico do Palácio Nacional de Queluz foi construído entre 1769 e 1780. Destruído por fenómenos naturais e abandonado, perdeu a sua função original, tendo sido transformado em roseiral em 1940. Em 1984, na sequência das cheias de 1983 que afetaram fortemente esta zona, foi desmontado e transformado em picadeiro da Escola Portuguesa de Arte Equestre.
A recuperação consistiu na reposição das quatro estufas, de acordo com a interpretação dos desenhos históricos, e ainda o restauro dos elementos pré-existentes, como as balaustradas, os alegretes e respetivos bancos e painéis azulejares, as cantarias do lago central e a estatuária, com vista à restituição do desenho oitocentista do Jardim.
Foram também executados caminhos em saibro granítico, que delimitam 24 canteiros. O Jardim Botânico foi inaugurado em junho de 2017 e a sua reabilitação representou um investimento de 815 mil euros.