O percurso ribeirinho de Loures, um passadiço que liga o município a Vila Franca de Xira, foi inaugurado esta quinta-feira, 7 de setembro, por volta das 18 horas. A tão esperada ligação pedonal e ciclável, que atravessará parte dos terrenos que foram utilizados durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) representou um investimento de cerca de 13 milhões de euros, mais seis milhões do que estava previsto inicialmente.
A construção de madeira tem 4.612 estacas, 6,1 quilómetros de extensão e 3,5 metros de largura. O passadiço une os concelhos de Loures e Lisboa, entre Santa Iria de Azóia e o Parque das Nações, e prolonga-se Vila Franca de Xira — sempre junto ao rio.
A “complexidade do solo” implicou alterações ao projeto inicial, sobretudo na infraestrutura das fundações, o que elevou ao aumento do custo total da empreitada (bem como a subida dos preços das matérias-primas), justificou a autarquia.
“É uma infraestrutura de extrema importância, do ponto de vista daquilo que é a mobilidade e as boas práticas de saúde das pessoas. Já se pode ir de Vila Franca, passando por Loures, a Lisboa, Oeiras e Cascais. Isto é importante do ponto de vista daquilo que é a mobilidade metropolitana”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, aqui citado pelo “Observador”.
O percurso contempla 10 pontes ao longo do trajeto, 14 túneis, quatro pontes de observação, 1.621 árvores e 41.420 arbustos. “Poucos passadiços neste País como este, com seis quilómetros construídos sobre o sapal do rio, o que permite a todos os utilizadores uma ligação ao rio mais próxima e vários pontos de observação de aves”, destaca.
Em 2017, a autarquia de Loures concluiu a primeira fase do projeto da Frente Ribeirinha do Tejo com a abertura do troço entre a estação de Santa Iria de Azóia e o pontão da BP: um percurso pedonal de 740 metros que permitiu uma primeira aproximação dos cidadãos ao rio.