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Más notícias: os preços das casas não vão descer nos próximos tempos

A Comissão Europeia diz que é improvável que os valores venham a cair de forma acentuada.
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A vida não está mesmo nada fácil para aqueles que procuram comprar um apartamento em Portugal — e não há grandes sinais de melhoria. Os preços das casas vão continuar a subir no País, alertou a Comissão Europeia (CE) esta quinta-feira, 25 de maio.

Em comparação com os últimos anos, a subida deverá desacelerar, mas é improvável descerem de forma acentuada em breve. “O crescimento dos preços das casas será moderado no futuro, pois as taxas de juro estão a subir”, prevê Bruxelas, citada pelo “Eco”. 

A Comissão Europeia justifica estas conclusões com base na “escassez de casas no mercado e a procura forte por parte de investidores”. Por outro lado, Bruxelas avisa ainda sobre a sobrevalorização média do mercado da habitação em Portugal. Em 2022, os preços subiram 24 por cento acima do que seria normal. “Na última década, em Portugal, estes preços duplicaram em termos nominais, tendo nos últimos três anos, 2020 a 2022, registado um aumento de 34 por cento”, calcula a Comissão.

A oferta de imóveis habitacionais à venda no País desceu sete por cento no primeiro trimestre de 2023, face ao que estava disponível no mesmo período do ano passado, segundo um estudo realizado pelo Idealista, o principal Marketplace imobiliário do sul da Europa. Guarda, Porto, Beja, Lisboa e Vila Real são as capitais de distrito onde se verificou a maior descida do número de casas disponíveis para compra.

A liderar a lista encontra-se a Guarda, que perdeu 39 por cento do stock em apenas um ano, enquanto no Porto a oferta desceu 32 por cento. Já a capital perdeu 24 por cento do stock, assim como Beja e Vila Real. Seguem-se Funchal, Faro, Viana do Castelo, Viseu, Santarém, Portalegre e Aveiro. Estas capitais de distrito registaram uma descida na oferta de imóveis habitacionais. Em Ponta Delgada, a oferta de habitações à venda manteve-se estável.

Das 19 capitais de distrito que o Idealista analisou, apenas sete aumentaram a oferta de casas à venda. Évora foi a cidade onde mais cresceu (60 por cento) neste período, seguida por Braga, Bragança, Leiria, Castelo Branco, Coimbra e Setúbal.

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