Na cidade

Moedas vai dificultar entrada de passageiros de cruzeiros que não pagam taxa turística

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa considera a resistência dos operadores à cobrança dos 2€ "vergonhosa".
A taxa é de 2€.

A taxa turística cobrada pelas dormidas em 11 municípios por todo o País gerou receitas de 54,2 milhões de euros em 2022. Só em Lisboa, o pagamento adicional de dois euros por noite a quem fique hospedado na capital permitiu arrecadar 33,1 milhões de euros. Porém, o pagamento não tem sido feito pelos operadores de cruzeiros, como está estipulado desde janeiro deste ano.

O presidente da Câmara Municipal, Carlos Moedas, anunciou esta terça-feira, 5 de dezembro, que tenciona “dificultar as entradas” se a situação se mantiver. “É realmente vergonhoso que haja uma resistência tão grande por parte dos operadores ao pagamento dessa taxa turística”, afirmou, aqui citado pelo “Jornal de Negócios”.

Apesar da cobrança estar prevista há muito no regulamento, não tem sido feita. “A taxa turística tem de ser acrescentada, de forma antecipada, no momento da comercialização dos próprios cruzeiros”, justificam os operadores sobre o não pagamento dos dois euros por passageiros.

“A partir de janeiro, já anunciei que, se [os operadores de cruzeiros] não o fizerem, vou fazer o que está ao meu alcance, que é dificultar as entradas. Não posso ir para a porta de cada um receber dinheiro das pessoas, algo que obviamente não faria sentido. Posso dificultar a mobilidade dos próprios autocarros e vou fazê-lo se não pagarem“, atirou Carlos Moedas.

O autarca referiu ainda que esta medida irá contribuir para uma cidade melhor, “com mais inovação e mais obras”. Em Lisboa, a taxa turística sobre as dormidas de turistas nacionais e estrangeiros nas unidades hoteleiras ou de alojamento local começou a ser aplicada em janeiro de 2016. Inicialmente, custava um euro por noite, mas o valor foi revisto para o dobro em janeiro de 2019.

ÚLTIMOS ARTIGOS DA NiT

AGENDA NiT