A Tiqets, uma plataforma de reservas online para museus e atrações de todo o mundo, anunciou esta segunda-feira, 18 de setembro, os Remarkable Venue Awards, as distinções que reconhecem os melhores espaços museológicos e atrações de oito países. A escolha foi difícil, mas já está feita.
Tal como na edição anterior, Portugal concorreu a sete categorias: Local Mais Notável; Melhor Museu; Melhor Marco Histórico; Melhor Experiência no Local, Local Mais Inovador; e Melhor Joia Escondida. Os vencedores das primeiras cinco categorias foram escolhidas com base em mais de um milhão de avaliações que os clientes da Tiqets atribuíram às atrações que visitaram. Por outro lado, os vencedores do Local Mais Inovador e da Melhor Joia Escondida foram determinados por um júri de especialistas em turismo e cultura.
Uma dos distinguidos foi o Quake, o incrível museu imersivo do terramoto de Lisboa, que foi considerado o local mais inovador de Portugal — e não é para menos. Quem o visita, jamais o esquecerá.
O espaço, inaugurado em 2022, em Belém, conta a história do trágico terramoto de 1755 que devastou a cidade de Lisboa e foca-se nos sismos enquanto fenómenos da natureza. O projeto nasceu há oito anos a partir de uma ideia do casal Ricardo Clemente e Maria Marques, os sócios-fundadores.
“Temos uma característica em comum que é a paixão por Lisboa. E coincidiu com uma época em que queria fazer uma mudança na minha vida profissional e a capital fervilhava com o turismo, estávamos a receber imensos turistas e achámos que era a altura de fazer algo por Lisboa, de a valorizar, dar a conhecer a história. Andámos à volta de vários temas, como os Descobrimentos, e chegámos ao terramoto. É um tema com uma elasticidade bastante grande, que fala na questão histórica, científica, cultural, com uma vertente que é o entretenimento. Queríamos passar estes conhecimentos de uma forma bastante divertida”, explicou à NiT Maria Marques, na altura da inauguração.
O Quake oferece uma experiência imersiva que demora cerca de hora e meia. Tudo começa numa sala de um estudioso, o fictício professor Luís, que vai servir de fio condutor à narrativa contada ao longo do museu. É através da sua voz que descobrimos como tudo aconteceu: do terramoto propriamente dito à forma como transformou a sociedade da época, passando pelas descobertas científicas espoletadas pela catástrofe, bem como a forma como a cidade foi reconstruída.
Por meio de complexos jogos de luzes e projeções, muitas salas do Quake “parecem vivas”, e em constante animação e movimento. Os aparelhos que emanam calor, odores específicos ou vento, tornam a experiência mais realista. Algumas etapas explicam aos visitantes como se forma, afinal, um sismo — e há exemplos concretos de terramotos mais recentes— mas também como funcionam as construções antissísmicas dos edifícios.
A fase da experiência mais imersiva é quando se entra numa máquina do tempo que nos leva até 1 de novembro de 1755, o dia que mudou Lisboa para sempre, que permite aos visitantes viverem o Grande Terramoto de Lisboa de 1755. Os bilhetes estão à venda online e os preços para adultos começam nos 21€.
Assim como o Quake, seis outras atrações portugueses vão agora competir com outros mercados pelo Prémio Mundial nas respetivas categorias. Os vencedores serão escolhidos com base numa votação, que decorre até dia 3 de outubro. Os prémios serão revelados na cerimónia anual, que decorrerá no dia 18 do mesmo mês.
Aproveite e carregue na galeria para descobrir todos os vencedores nacionais dos Remarkable Venue Awards de 2023.