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A greve continua. Museus e monumentos vão estar fechados esta terça-feira

Os funcionários dizem que ainda não receberam uma resposta sobre uma "justa compensação" aos feriados.

Quase dois meses após a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) ter anunciado a greve que provocaria o encerramento de museus e monumentos durante os feriados, a situação mantém-se. Por isso, se pretende visitar um dos espaços públicos no Dia de Portugal, assinalado esta terça-feira, 10 de junho, temos más notícias.

Orlando Almeida, dirigente da FNSTFPS, disse à agência Lusa, citado pela CNN Portugal, que “até ao momento não houve qualquer resposta da tutela. “Os trabalhadores continuam a “exigir uma justa compensação pelo trabalho prestado nestes dias” e até à data, não foi fechado qualquer acordo.

Segundo o dirigente, os trabalhadores dos museus, monumentos e sítios arqueológicos de tutela pública são pagos entre 15€ a 20€ em dias de feriados, o que representa “metade de um dia normal”. Além disso, só recebem até duas horas suplementares, mesmo que trabalhem mais tempo.

A greve aos feriados foi anunciada a 18 de abril e deverá prolongar-se até 31 de dezembro, caso não haja alterações. A decisão de avançar com a paralisação surgiu ainda em março, após uma reunião com a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, e com a administração da Museus e Monumentos de Portugal, onde não houve “abertura para negociar” por parte da tutela.

“Nos feriados anteriores houve forte adesão à greve e muitos dos mais importantes equipamentos culturais tiveram de encerrar”, partilhou o dirigente, acrescentando que o sindicato vai renovar o pedido de reunião com a ministra da Cultura.

A paralisação afeta os 38 espaços geridos pela Museus e Monumentos de Portugal, que conta com cerca de mil colaboradores, entre os quais o Palácio Nacional de Mafra, o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém e o Convento de Cristo.

“Há anos que este problema se arrasta, sem que os sucessivos governos tenham tomado uma decisão no sentido de valorizar o trabalho prestado em dias feriados nos museus, monumentos e sítios classificados”, criticou a federação, em abril deste ano.

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