Na cidade

“Não lucrei, nem quis prejudicar”, diz influencer que vendeu roupa para refugiados online

Elisa garante que a dona do local em que recolheu as peças lhe deu total liberdade para o fazer.
Fotografia: Instagram vieiraelisa.

Elisa Vieira, conhecida influencer brasileira, tornou-se assunto em Portugal (e não só) por um vídeo em que ensina os seguidores a venderem peças de roupa destinadas para doação. A situação tornou-se viral após ter sido partilhada, no Twitter, pelo jornalista Flávio Costa.

À CNN Portugal, Vieira, que estava a viajar pelo País quando recolheu as peças, disse que não lucrou nada com a venda das mesmas — devido aos gastos com deslocações para entrega e com as lavagens —, e que os proprietários do sítio em que as encontrou até agradecem o ato, pois têm “roupa demais”.

“Não lucrei, não fiz nada para levar vantagem de ninguém, não quis prejudicar”, reforçou a criadora de conteúdos, que disse saber tratarem-se de “roupas que eram dadas, roupas de graça”.

Elisa explicou ainda que, das peças que trouxe das lojas, apenas vendeu duas e que as restantes ficaram com amigos, em Portugal, por falta de espaço na mala quando regressou a casa.

“Não vi problema, não vi maldade, perguntei para a dona do local se podia levar as peças e ela deu-me total liberdade”, acrescentou.

Contou, igualmente, que após expor a aquisição das peças, uma pessoa que dizia viver “ao lado” do local lhe respondeu nas redes sociais “que muitas peças são deitadas no lixo” e que “as donas até agradecem” que haja recolha de roupa porque são “demais”.

A jovem concluiu dizendo que, apesar de explicar a história, tem recebido muito “ódio, ataques, xenofobia e ameaças”.

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