Na cidade

Ninguém quer vestir o fato de Pai Natal (nem para ganhar 135€ por 2 horas de trabalho)

Faltam candidatos: 83 por cento dos pedidos registados na plataforma "Fixando" não têm resposta. A procura é maior em Lisboa.
Há muita procura mas pouca oferta.

Pode parecer difícil de acreditar, uma vez que não há evento, mercado ou centro comercial que não tenha o seu, mas há uma escassez crónica de Pais Natais em Portugal.

A falta de candidatos a desempenharem este papel levou a “Fixando”, uma plataforma de prestadores de serviços, a lançar uma campanha online cujo objetivo é encontrar animadores dispostos a vestirem o fato vermelho do famoso velhinho de barbas brancas.

“Até dia 16 de dezembro, a ‘Fixando’ agilizará o processo de registo de todos os interessados em prestarem serviços de animação como Pai Natal. Adicionalmente, os prestadores nesta área terão, também, acesso a uma proposta gratuita por dia, para que possam entrar em contacto com clientes imediatamente”, explica a empresa em comunicado.

Descrevem a oportunidade como sendo perfeita para todos aqueles que gostam de trabalhar com miúdos e de proporcionarem entretenimento em eventos. O pagamento também é um fator aliciante. Por duas horas de trabalho, estes Pais Natais recebem cerca de 135€. “Com dois serviços por dia, num fim de semana é fácil atingir mais de 500€, bastando apenas um pequeno investimento no fato, que custa cerca de 30€ já com botas e adereços (barba e bigode)”, realçam.

Durante esta semana, a “Fixando” prevê arranjar cerca de mil animadores em todo o País, garantindo “resposta aos clientes que procuram trazer alguma magia adicional aos eventos de Natal”. De acordo com a plataforma, 45 dos pedidos registados são para festas pessoais ou familiares, enquanto que 15 por cento são para iniciativas de empresas. Dez por cento são para festas escolares, nove por cento para comércio e seis para feiras.

A procura por estes profissionais aumentou cerca de 20 por cento entre 1 de novembro e seis de dezembro, face ao mesmo período do ano anterior. No entanto, cerca de 83 por cento destes pedidos ainda não obtiveram qualquer resposta. A maior procura (43 por cento) regista-se na região de Lisboa. A capital é seguida pelo Porto (17 por cento), Aveiro (dez por cento) e Braga (oito por cento).

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