O sol está atualmente na fase máxima do seu ciclo de 11 anos, o que faz com que os surtos solares e as auroras boreais sejam mais frequentes. “Ainda podemos conseguir alguns bons espetáculos nos próximos meses”, garantiu a cientista da NASA, Kelly Korreck.
Embora normalmente sejam observadas em regiões situadas mais ao norte do globo, as auroras boreais podem, ocasionalmente, aparecer em locais inesperados. Foi o que aconteceu na primeira semana de outubro, quando o fenómeno iluminou os céus de Portugal — e há grandes probabilidade de se voltar a repetir.
Os meteorologistas espaciais anunciaram esta terça-feira, 8 de outubro, que as auroras boreais vão poder continuar a ser avistadas em locais menos habituais devido às fortes tempestades solares que permitem este fenómeno. Este ano, por exemplo, já desencadearam auroras muito mais a sul do que o habitual, como no Reino Unido, EUA e Portugal.
A National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) dos EUA já tinha emitido um alerta a respeito das intensas tempestades geomagnéticas no início do mês, o que resultou no surgimento das auroras boreais em áreas que raramente presenciam este fenómeno.
Tudo começou a 3 de outubro, quando foi registada uma das mais fortes explosões do Ciclo Solar 25. A NASA classificou-a como X9 (numa escala que vai até X10), tornando-a na mais poderosa deste ciclo até agora.
Essas explosões solares consistem em eventos energeticamente intensos que podem causar perturbações nas comunicações de rádio, interferir com sinais de navegação e afetar redes elétricas. Além disso, estão associadas à formação de auroras boreais.
As auroras boreais são provocadas pela colisão de partículas carregadas de eletricidade vindas do sol com a atmosfera terrestre. No hemisfério norte chama-se aurora borealis, no sul, aurora australis. Explicações científicas à parte, todos reconhecem que se tratam de maravilhas naturais — e há quem sonhe poder vê-las de perto.
Estes fenómenos caracterizam-se pelas cores vivas, com vários tons de verde, cor-de-rosa, vermelho, amarelo, azul e violeta. Além disso, movem-se de uma maneira que se assemelha quase a uma dança.
Carregue na galeria para ver algumas das imagens publicadas por Márcio Santos na conta de X @MeteoTrasMontPT das auroras boreais que iluminaram Portugal.