Os mercados financeiros britânicos estão à beira do colapso desde que o ministro das Finanças, Kwasi Koarting, anunciou, na sexta-feira, cortes históricos de impostos e enormes aumentos em empréstimos. Segundo o Instituto de Estudos Orçamentais (IFS), este é o maior corte fiscal em meio século e estima-se que irá eliminar 45 mil milhões de libras (50 mil milhões de euros) das receitas anuais do estado durante os próximos cinco anos.
Depois do aumento das taxas de juros, os credores começaram a retirar as ofertas de hipotecas — e os acordos para compra de casas estão a cair a uma velocidade cada vez mais acelerada. Kensington, Accord Mortgages e Hodge são alguns dos credores que já disseram que estavam a retirar todos os produtos do mercado.
Também o Lloyds Banking Group PIc — o maior provedor de hipotecas do Reino Unido — suspendeu algumas ofertas na segunda-feira, enquanto que a Virgin Money UK PIc parou temporariamente de oferecer empréstimos à habitação a novos clientes. Outros, como a Nationwide Building Society e o Banco Santander, vão aumentar as taxas a partir desta quarta-feira, 28 de setembro.
De acordo com especialistas, o Banco da Inglaterra pode aumentar as taxas de juro para seis por cento até setembro do próximo ano, elevando assim os custos dos empréstimos imobiliários.
Em Portugal, o cenário está cada vez pior
No nosso País, as prestações vão disparar a partir da próxima semana, no início de outubro, com os juros a subirem rapidamente para os três por cento. A Euribor a 6 meses (a mais usada em Portugal) está cerca de dois pontos percentuais mais elevada do que estava há seis meses, em março. E a Euribor 12 meses (a segunda mais utilizada) está quase 2,5 pontos percentuais do que estava há um ano.
De acordo com a CNN Portugal, isto significa, por exemplo, que num empréstimo de 150 mil euros a 30 anos, indexado à Euribor 6 meses, o aumento de prestação será de 141€.
Daqui a pouco tempo, será ainda mais difícil comprar casa com crédito. Além de estar mais caro, o Banco de Portugal impôs novas regras em função da idade: só até aos 30 anos é que será possível ter um crédito a 40 anos.
Comparando com o início de outubro de 2008, é possível verificar que o aumento da Euribor é maior este ano do que foi há 14 anos, em plena crise financeira, apesar do valor não ser tão elevado. Entre fevereiro e setembro, subiu cerca de 1,1 ponto percentuais, passando dos cerca de 4,2 por cento para 5,5.
Carregue na galeria para conhecer as casas mais caras à venda em Portugal, segundo o Idealista.