Depois de dois anos negros, devido à pandemia da Covid-19, os equipamentos culturais começam a ver a luz ao fundo do túnel. Segundo os dados partilhados esta sexta-feira, 10 de março, pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), em 2022, as visitas dispararam e, no total, aumentaram 148,1 por cento em relação ao ano anterior. O monumento português favorito dos turistas não se alterou — continua a ser o Mosteiro dos Jerónimos.
Em termos práticos, os museus, monumentos e palácios nacionais recuperaram quase dois milhões de visitantes em 2022, somando um total de 3.339.416 entradas. Em 2021, os 25 equipamentos tutelados pela DGPC receberam apenas 1.346.250 visitantes.
Os números são animadores, porém ficaram ainda aquém dos conseguidos nos anteriores à pandemia. A melhor marca foi obtida em 2017, com 5.072.266 entradas (mais 34,2 por cento do que em 2022). Em 2018, os dados apontam para 4.677.407 entradas (mais 28,6 por cento que no ano passado), e em 2019 foram 4.685.371 (mais 28,7 por cento).
A encabeçar o pódio dos mais visitados está o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, com 870.321 entradas. Logo a seguir vem a Torre de Belém com 377.780 visitantes. Ambos monumentos classificados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) como Património Mundial desde 1983.
Entre os edifícios de carácter religioso sobressai o Convento de Cristo, em Tomar, considerado um dos mais importantes conjuntos monumentais do género em Portugal, que registou 260.871 visitas no ano passado. Já nos palácios, lideram o Palácio Nacional de Mafra, que registou 189.694 entradas em 2022, seguido do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, com 94.307 visitantes.