Para combater e reduzir as infrações dos automobilistas que circulam a velocidades acima das permitidas por lei e reduzir o número de acidentes, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANRS) instalou 25 novos radares de controlo de velocidade nas estradas nacionais. Os novos equipamentos juntam-se assim aos 98 já existentes em Portugal.
Os radares entraram em funcionamento este sábado, 6 de julho, sendo que 14 deles servem para controlar a velocidade instantânea. Os restantes 11 permitem verificar a velocidade média, ou seja, calculam se os carros estão a andar mais depressa do que o permitido entre dois pontos de um determinado trajeto.
Se, por exemplo, estiver numa estrada em que existe um limite de velocidade de 100 quilómetros por hora, será registada, num determinado ponto, a matrícula e hora de passagem do veículo. Mais adiante, nesse mesmo percurso, haverá outro radar que regista os mesmos dados.
Os radares foram instalados no IC2 (Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro), A29 (Santa Maria da Feira, em Aveiro, e Vila Nova de Gaia, no Porto), IC1 (Santana da Serra, concelho de Ourique, distrito de Beja), IP3 (Coimbra), EN18 (Évora), EN 125 (Albufeira, Faro), EN 6-7 (Carcavelos e Parede, em Cascais), IC17 (Loures), A43 (Campanhã, Porto) e no IC1 (Poceirão e Marateca, em Palmela-Alcácer do Sal).
Os novos aparelhos foram selecionados com base no excesso de velocidade registada naqueles locais, segundo a ANSR. Nestes locais, nos últimos cinco anos, perderam a vida 115 pessoas, uma média de 23 vítimas mortais por ano.
Desde que o sistema SINCRO começou a funcionar, há oito anos, verificou-se uma “redução significativa” da sinistralidade nos locais onde foram instalados os radares: menos 36 por cento de acidentes com vítimas; menos 74 por cento de vítimas mortais; menos 44 por cento de feridos graves; e menos 36 por cento de feridos leves.