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Não tire os olhos do céu. Vai poder ver o “cometa do século” a olho nu este domingo

A luz excecional deste corpo celeste é comparado ao de Vénus. Só voltará a aproximar-se da Terra daqui a 26 mil anos.
Ligue o alarme para as 19h30.

Detetado em 2023, o cometa C/2023 A3 (Tsuchinschan-ATLAS), popularmente designado como “cometa do século”, encontra-se muito próximo da Terra. Com uma luminosidade excecional, a sua intensidade pode rivalizar com a de Vénus, tornando-se assim o cometa mais brilhante do século XXI.

Os mais atentos terão a oportunidade de observar este fenómeno a olho nu, este domingo, 13 de outubro, a partir das 19h35, aproximadamente 40 minutos após o pôr do sol, olhando para o oeste, conforme indicado pelo astrofísico Nuno Peixinho em declarações à Lusa, citadas pelo “Observador”.

A janela de visibilidade deste corpo celeste — descoberto pelos telescópios do Observatório Tsuchinshan, na China, e confirmado pelo telescópio ATLAS da África do Sul — é limitada. É recomendável procurar locais com pouca poluição luminosa até às 20 horas, pois daí em diante será mais difícil localizá-lo.

Este domingo, o C/2023 A3, composto por gelo, poeira e rochas, passará a cerca de 71 milhões de quilómetros da Terra e a pouco mais de 82 milhões de quilómetros do Sol. Para comparação, a distância média da Terra ao Sol, conhecida como unidade astronómica, é aproximadamente 150 milhões de quilómetros.

No sábado, 12 de outubro, o cometa foi observado em várias partes do mundo, incluindo os Estados Unidos da América e Espanha. Atingiu o seu ponto mais próximo da órbita a 27 de setembro, a uma distância de 58,6 milhões de quilómetros, o que permitiu a sua visibilidade no Hemisfério Sul.

As observações realizadas sugerem que o cometa poderá alcançar a segunda magnitude — uma escala que mede o brilho dos corpos celestes, onde quanto menor for a magnitude, mais brilhante se mostrará no céu —, o que implica que será bastante visível.

Vale a pena destacar que esta será uma oportunidade ímpar para testemunhar este fenómeno astronómico, dado que o cometa C/2023 A3 só voltará a aproximar-se da Terra dentro de 26 mil anos.

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