O comité organizador local, responsável pelo evento que vai acontecer em Lisboa entre os dias 1 e 6 de agosto, diz que “a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) não se faz sem o Papa”. E acrescenta que “a organização está a trabalhar com base exclusivamente nesse cenário”.
A resposta foi avançada ao jornal “Público”, depois de questionar o comité sobre o que acontece à JMJ se o estado de saúde do Papa se agravar e o impedir de participar no evento a partir do dia 2 de agosto, tal como está previsto neste momento.
Se Francisco estiver incapacitado por motivos de saúde — ou se morrer sem que os cardeais da Igreja Católica encontrem um sucessor até ao evento — não há outro cenário possível. Até porque ninguém coloca a hipótese de o sumo pontífice ser representado por outra figura.
“A Jornada Mundial da Juventude é um encontro do Papa com os jovens de todo o mundo que ocorre sempre com a sua presença, independentemente de algumas limitações físicas que possa apresentar”, explicou o comité organizador local.
Já na terça-feira passada, 6 de junho, Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 afirmara o mesmo. “Não existe um plano B”, revelou no encontro em que apresentou a agenda de cinco dias do representante da Igreja Católica no País: “O nosso único plano é F, de Francisco.” A planificação da visita do Papa foi elaborada em conjunto com o Vaticano, tendo em consideração, garantiu o mesmo, as limitações físicas do pontífice.
Neste momento, não há qualquer indicação de que a presença do Papa Francisco em Portugal seja cancelada. No entanto, os compromissos do líder da Igreja Católica foram interrompidos até 18 de junho devido a uma deterioração do seu estado de saúde. Desde 1985, data da primeira edição da JMJ, que o evento conta com a presença física do Papa em funções.
O evento que foi apelidado como “o maior negócio de sempre da Igreja” tem estado envolvido em várias polémicas. Entre o descontentamento com os gastos, os pacotes para os voluntários são também um motivo de escrutínio nas redes sociais. O motivo? Quem quiser ser trabalhar como voluntário no evento terá de pagar.
“A todos os voluntários, é pedido, pedido que contribuam com um valor, dependente do Pacote que escolham, fazendo face a parte dos custos envolvidos na sua gestão”, lê-se no portal do evento religioso. As inscrições envolvem um valor monetário que pode variar entre os 30€ e os 145€.
Além disso, os compromissos assumidos pelo Estado na Jornada Mundial da Juventude (MJ) poderão ir até aos 21,8 milhões de euros. A este valor são somados outros milhões para a deslocação do terminal de contentores. Fazendo as contas, no total, a despesa do governo ronda os 30 milhões de euros, sem o imposto sobre o valor acrescentado (IVA).
Aproveite para ler o artigo da NiT e descobrir quanto é que o governo vai gastar ao certo para receber a iniciativa.