Na cidade

Porto limita entrada de veículos turísticos na Baixa e no centro histórico

A medida impõe fortes restrições à circulação de tuk-tuks e autocarros para turistas. As regras entram em vigor já em outubro.
Circular pela cidade vai ficar mais fácil.

A circulação no centro do Porto tornou-se um verdadeiro desafio devido à combinação de obras de requalificação e à construção de uma nova linha de metro. Esta situação é agravada pelo turismo excessivo que a cidade tem enfrentado nos últimos anos, resultando num aumento exponencial de veículos turísticos nas ruas.

Com o intuito de minimizar este problema, o município ditou novas regras, que entram em vigor partir de 1 de outubro, próxima terça-feira. Para reduzir a pressão sobre as artérias centrais da cidade, serão impostas limitações ao número de operadores de tuk-tuks e autocarros turísticos, restringindo assim a circulação destes meios de transporte.

“Hoje, o município, no exercício das suas competências, entende que há determinado número de veículos turísticos que não devem operar”, justificou o presidente Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, citado pelo “Observador”, acerca do novo projeto-piloto.

As medidas também implicarão que apenas duas empresas licenciadas poderão operar autocarros de dois andares para circuitos turísticos, além da não renovação das licenças do comboio turístico, cujas licenças atuais expiram em março de 2026.

A zona sujeita a estas restrições abrange a Rua de Gonçalo Cristóvão até ao Túnel da Ribeira, com demarcações que incluem a Rua dos Bragas, a Rua de Cedofeita, a Rua da Restauração, a Rua Bandeirinha, a Rua da Alegria e a Rua de Fernandes Tomás.

Embora não haja um controlo exato da quantidade de tráfego, estima-se que o número de veículos no centro será reduzido em mais de metade, uma vez que apenas cinco empresas poderão operar, com um máximo de oito veículos cada, totalizando 40 veículos.

O autarca prevê ainda que, após a conclusão das obras do metro e a construção das linhas Rosa (São Bento — Casa da Música) e Rubi (Santo Ovídio — Casa da Música), haverá uma diminuição do uso de transportes individuais na cidade.

“Se nós não criarmos aqui algum tampão, esse espaço vazio vai ser ocupado por operação comercial turística, como já acontece hoje. Este é um bom momento para, antecipando o fim das obras do metro, tomar medidas de restrição”, reforçou o presidente da Câmara, Rui Moreira.

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