Se está a passar as férias verão no concelho de Odemira, tenha atenção: a praia da Zambujeira do Mar está interdita a banhos desde terça-feira, 13 de agosto. Os mergulhos foram desaconselhados devido à contaminação microbiológica da água, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Câmara Municipal.
A conhecida praia alentejana consta na lista de locais interditos para a prática balnear publicada na página da APA. Num comunicado publicado online, o município de Odemira indicou ter tido conhecimento da “percepção de mau cheiro e tonalidades inconsistentes do curso de água”. A leitura preliminar da colheita programada para segunda-feira, 12 de agosto, confirmou a contaminação, determinando assim o desaconselhamento a banhos.
Ainda no mesmo dia, a autarquia teve conhecimento de que foi diagnosticada uma “deficiência nos arejadores e nas bombas de recirculação da ETAR”, apesar da entidade sublinhar que a situação não teve um impacto significativo.
Já no dia seguinte, terça-feira, uma rutura no sistema de rega do Aproveitamento Hidroagrícola do Mira aumentou significativamente o caudal do curso de água que desagua na praia e provocou um forte arrastamento no leito da ribeira. “Apesar da coincidência de eventos, a água desta rotura não representa perigo para a saúde público nem deverá contaminar as contra-análises que a Câmara Municipal ainda aguarda no sentido de que seja, o mais rapidamente possível, repor a normalidade na praia”, explica o município.
“Pontualmente ao longo dos anos mais recentes, os resultados das análises efetuadas às colheitas de água na praia da Zambujeira do Mar têm demonstrado contaminações microbiológicas, tendo inclusive levado à perda da bandeira azul na época balnear de 2024”, escreveu a Câmara nas redes sociais esta quarta-feira, 14 de agosto.
Para identificar as causas e resolver definitivamente o problema, o município tem trabalhado em colaboração com a APA e iniciou um programa de monitorização da qualidade da água ao longo do barranco da Zambujeira do Mar.
Este trabalho incide na “pesquisa de eventuais descargas indevidas, na recolha de amostras em pontos afluentes à linha de água e no leito da mesma, a montante e a jusante da ETAR que serve a população”. O procedimento que está em curso irá determinar as ações concretas a desenvolver a curto, médio e longo prazo.