O cenário está cada vez mais complicado para quem tenciona comprar uma casa em Portugal. Entre 2019 e 2022, o poder de compra dos portugueses desceu cerca de 9 por cento, enquanto o preço médio para comprar casa no País escalou 38 por cento. A conclusão é do estudo “Acessibilidade à Habitação em Portugal”, realizado pela agência imobiliária Century 21.

Na pesquisa, foram comparados os rendimentos médios das famílias e os valores de compra e de arrendamento de uma casa de 90 metros quadrados. Este exemplo foi aplicado em 40 municípios nacionais, incluindo as capitais de distrito.

De acordo com o estudo, citado pelo “Observador”, “o rendimento líquido disponível das famílias varia, nas capitais de distrito, entre os 1.973 euros em Lisboa e os 1.426 euros em Viana do Castelo, enquanto a média das capitais de distrito se situa nos 1.545 euros”.

Conclui-se que, nas duas principais cidades do País — Lisboa e Porto — as taxas de esforço são muito superiores aos 40 por cento, a referência dos bancos para a negociação de créditos. Na capital, um empréstimo para comprar casa atinge uma taxa de esforço de 67 por cento. Já na cidade nortenha o valor é de 50 por cento.

No que diz respeito aos preços, o valor de um apartamento varia entre os 375 mil euros, em Lisboa, e os 59 mil euros na Guarda, onde o custo para comprar uma casa é mais baixo, avança  a Century 21. No Porto, os imóveis rondam os 250 mil euros e, no Algarve, várias cidades têm preços acima dos 200 mil euros. A média nacional é de 152 mil euros.