Foi no terceiro andar do edifício Duque de Loulé 79, em Lisboa, que viveu, em tempos, um hóspede muito especial: Cristiano Ronaldo. Em 2001, quando o jogador de futebol tinha apenas 16 anos e ainda nem sabia que viria a ganhar cinco Bolas de Ouro, viveu na Residencial Dom José, que foi a casa de outros jovens jovens atletas do Sporting.
Cristiano Ronaldo partilhou o quarto número 34 com o amigo Miguel Paixão, numa altura em que a Academia do Sporting, em Alcochete, ainda estava a ser construída. “Podia ser melhor, mas para remediar, até irmos para Alcochete, até dá”, disse Ronaldo em 2001, numa entrevista à SportTV.
O imóvel acabou por ser vendido em agosto de 2018. Agora, cinco anos depois, vai renascer com novos apartamentos. O edifício Duque de Loulé 79, localizado na avenida com o mesmo nome e perto do Marquês de Pombal, foi totalmente reabilitado e terá 34 apartamentos novos que serão colocados no mercado de arrendamento, com o objetivo de atrair inquilinos portugueses.
“Temos confiança e acreditamos no mercado imobiliário em Portugal, e achamos que há necessidade de aumentar a oferta de casas bem localizadas para arrendar”, conta ao Idealista, George Matar, da empresa Immobilo Investments Ltd, responsável pela gestão do imóvel. Após um investimento total a rondar os 14 milhões de euros, o projeto deverá estar concluído até setembro de 2023.
“É um imóvel totalmente residencial, tendo apenas uma loja no piso térreo. Comprámos este edifício há alguns anos e decidimos reabilitá-lo com o objetivo de o arrendar por unidades, não vender”, sublinha. Não funcionará como alojamento local, mas sim como arrendamento de longa duração, “com uma seleção de serviços úteis para a família”.
Haverá, por exemplo, uma aplicação onde os inquilinos poderão alugar uma bicicleta, até porque o prédio não tem estacionamento. “Os inquilinos podem arrendar as casas por um ano, dois anos, mas com serviços incluídos”, conta George Matar.
A ideia do grupo de investidores sempre foi construir algo mais direcionado para os portugueses, tendo em conta a oferta de habitação que existe atualmente na capital. “Acreditamos que o foco deve ser a população portuguesa, tendo em conta o desejo dos jovens profissionais e das famílias de quererem ficar no centro e dentro de uma cidade”.