Ainda não é oficial mas já se admite que o atual Estado de Emergência e o período de confinamento em vigor poderão ser renovados. Marcelo Rebelo de Sousa deixou a possibilidade em aberto em declarações à saída do Hospital das Forças Armadas, em Lisboa, após uma visita nesta tarde de terça-feira, 26 de janeiro. O Presidente da República foi acompanhado nesta visita pelo primeiro-ministro, António Costa, e a ministra da Saúde, Marta Temido.
O tema foi levantado numa das questões de jornalistas. “Hoje [26 de janeiro] à tarde e amanhã ouvirei os partidos mas parece que tem toda a lógica, perante as medidas tomadas na passada sexta-feira, que esta renovação do estado de Emergência seja no fundo um prolongamento da renovação anterior, integrando as medidas que foram tomadas”.
Recorde-se que foi a 15 de janeiro que o atual Estado de Emergência foi renovado, coincidindo com o início deste novo período de confinamento. É a 30 de janeiro que termina o atual período de Estado de Emergência mas este deverá ser renovado. “O que se esperará é que haja renovação, que depende da aprovação da Assembleia da República, nos termos que estão em vigor”, explicou Marcelo.
Saliente-se que António Costa adiantara, antes do início do atual confinamento, que este seria avaliado ao fim de 15 dias mas que era expectável que fosse prolongado, dado serem necessárias “duas a três semanas” para que as medidas tomadas possam começar a fazer-se notar no número de casos.
Foi já com o atual período de confinamento a decorrer que o Governo entretanto acrescentou novas medidas, entre elas o encerramento de estabelecimentos de ensino, em vigor desde o passado dia 22 de janeiro. Nesta altura as creches, escolas e universidades estarão fechadas, e sem atividades curriculares, até dia 5 de fevereiro. Está previsto o regresso às aulas no dia 8 de fevereiro mas continua em debate os moldes em que tal será feito (se presencial, se com ensino à distância).
Ainda em declarações aos jornalistas, e num dia em que a ministra da Saúde não excluía a possibilidade de se pedir ajuda internacional, Marcelo Rebelo de Sousa foi perentório: “neste momento não precisamos de recorrer a ajuda internacional”. Ainda assim, a autarquia de Torres Vedras apelou a esse pedido de ajuda externa dado o difícil momento que o hospital do município vive.
Esta terça-feira fica marcada como o dia com mais óbitos devido à complicações causadas pela Covid-19. Nas últimas 24 horas registaram-se 291 óbitos associados no País diretamente associados à pandemia. Houve também mais 10.765 casos confirmados, um número inferior aos 13.728 que foram dados como recuperados no mesmo período.