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Revolução em Lisboa: só moradores e trabalhadores poderão circular de carro na Baixa

A medida entrará em vigor já a 26 de abril. Os tuk-tuks também serão interditos, mas os transportes públicos serão autorizados.
As regras entram em vigor a 26 de abril.

A partir de 26 de abril, a zona compreendida entre as avenidas Infante Santo e Mouzinho de Albuquerque, passar a estar reservada ao trânsito local, ou seja, de moradores e trabalhadores na Baixa de Lisboa. A nova regra, anunciada esta terça-feira, 18 de abril, pelo executivo da Câmara Municipal de Lisboa, estará em vigor entre as 8 e as 20 horas durante, pelo menos, um ano.

Também vai ser proibida a circulação de veículos com mais de 3,5 toneladas, incluindo autocarros turísticos e veículos de distribuição — os transportes públicos e táxis são as duas exceções previstas. A circulação de tuk-tuks também não será autorizada. O policiamento na Baixa será reforçado e dará a conhecer as novas regras de deslocação.

A circulação entre as avenidas sinalizadas a vermelho será interdita.

Como alternativa, a CML recomenda o uso de uma “quinta circular” entre a Avenida Infante Santo, passando pela Estrela, Santos e Avenida Almirante Reis até à rua Mouzinho de Albuquerque. “Existe a possibilidade de tornear as dificuldades que existem na frente ribeirinha e na zona histórica a partir de cima. Quem vem de Belém e Algés deve privilegiar a quinta circular“, disse Filipe Anacoreta Correia, o vice-presidente da Câmara, numa conferência de imprensa, aqui citado pelo “Jornal de Notícias”.

As limitações à circulação são justificadas com as várias obras que decorrem nesta zona da cidade, nomeadamente as de expansão do Metropolitano de Lisboa e as do Plano Geral de Drenagem, bem como outras intervenções que pretendem melhorar a rede de saneamento da capital. As novas regras estarão em vigor “por tempo indeterminado”.

O autarca realçou que “estas obras são essenciais para a cidade”, salientando a redução do tráfego naquela zona é “um desejo antigo” do município. “Vamos ter de reduzir o trânsito na Baixa. As pessoas que possam evitar vir à Baixa, devem fazê-lo. Queremos influenciar quem normalmente passa pela Baixa a optar por esta quinta circular. Isto vai diminuir o fluxo de trânsito.”

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