De norte a sul do País, os romanos deixaram muitas marcas no território nacional. Muitos dos monumentos que ergueram permanecem de pé e servem como testemunhos impressionantes das sofisticadas construções desenvolvidas no Império Romano, que estabeleceram as bases para técnicas de engenharia modernas.
Agora, está a ser desenvolvida uma rota dedicada ao legado da presença romana no País, denominada Rota do Portugal Romano, que ligará o património de 14 municípios. A Associação dos Municípios do Portugal Romano (AMPR) irá investir aproximadamente 657 mil euros na criação de uma rede de apoio à visitação do património romano, anunciou a Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova esta quinta-feira, 9 de janeiro. O projeto vai beneficiar de um cofinanciamento de 400 mil euros do Turismo de Portugal.
“É fundamental para impulsionar e consolidar a associação, permitindo avançar com um projeto crucial para desenvolver, do ponto de vista turístico, este património tão significativo e presente no nosso País, mas que frequentemente é esquecido”, sublinhou o presidente da autarquia, Nuno Moita, citado pelo “Observador”.
Nos 14 municípios envolvidos — Ansião, Avis, Beja, Braga, Condeixa-a-Nova, Estremoz, Oliveira do Hospital, Penela, Santiago do Cacém, Seixal, Tomar, Vidigueira, Vila do Bispo e Tábua — será estabelecida uma rede de apoio à visitação do património romano, através da “estruturação de um produto turístico emergente e de valor acrescentado”.
A iniciativa pretende “complementar as dimensões social e intelectual para dinamizar e potenciar o desenvolvimento dos territórios de intervenção da AMPR, com forte potencial de internacionalização assente numa estratégia de desenvolvimento sustentável e responsável do turismo, recorrendo a tecnologias inovadoras que valorizem a visitação e a oferta turística”.
Além do enfoque na época romana, a rota pretende igualmente promover e valorizar o período que se estende da Idade do Ferro à Antiguidade Tardia, numa perspetiva que “permita compreender os processos de aculturação e o desenvolvimento destas sociedades”.