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Secil quer alargar área de pedreiras na Arrábida. Associação Zero diz que é “ilegal”

O estudo de impacto ambiental do projeto está em consulta pública até 29 de março.
Saiba o que está previsto.

Segundo uma notícia avançada pela TSF na passada quarta-feira, 1 de março, a Secil quer alargar a área de exploração das pedreiras na Serra da Arrábida. O projeto “Novo Plano da Pedreira” prevê a fusão de duas pedreiras — a de Vale de Mós A e a de Vale de Mós B —, e a exploração a uma menor profundidade. Caso este objetivo se concretize, a empresa passaria a ter reservas próprias de calcário que, atualmente, tem de ir buscar a Sesimbra para fornecer a fábrica do Outão.

O plano prevê a ampliação da área em 18,5 hectares, para garantir reservas próprias para a nova linha de produção de cimento. A empresa garante que o projeto é “mais sustentável do que o atual, com menos impactos na paisagem e no ambiente”.

Na sequência desta notícia, a associação ambientalista Zero, mais concretamente o presidente Francisco Ferreira, mostrou-se surpreendido pelo facto de o estudo de impacto ambiental relativamente ao projeto da Secil estar em consulta pública, por considerar ser algo “impossível” por lei. 

Segundo o dirigente da associação, apesar de a proposta apresentada reforçar a sustentabilidade da fábrica, diminui ao mesmo tempo a quantidade de CO2 por cada tonelada de cimento. De resto, a Secil sublinha que, sem este plano, o número de camiões a circular aumentaria para mais do dobro, provocando mais ruído, além de agravar a qualidade do ar.

Sobre o estudo de impacto ambiental do projeto da Secil, em consulta pública até 29 de março, a Zero espera que o Ministério do Ambiente não abra agora uma exceção, tendo em conta a opinião de ilegalidade.

“Nós nem conseguimos perceber como é que está a decorrer uma avaliação de impacto ambiental sobre algo que, para nós, é impossível. A legislação do Parque Natural da Arrábida é muito clara ao impedir a expansão da área de pedreiras”, avançou Francisco Ferreira em declarações à TSF.

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