Na cidade

Segundo altar da JMJ vai ser no Parque Eduardo VII. Pode custar 2 milhões de euros

Ao contrário da infraestrutura no Parque Tejo, este palco no centro da cidade não vai ter utilização além do evento.
Vai receber três cerimónias importantes.

A poucos meses da realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontece de 1 a 6 de agosto em Lisboa, aquele que é o maior evento juvenil católico do mundo continua envolto em polémica após a divulgação do custo do altar-palco (mais de cinco milhões de euros) em que o Papa Francisco vai celebrar a missa no final da iniciativa. Contudo, esta não será a única infraestrutura a ser construída para receber as JMJ.

O projeto do segundo altar-palco foi desenhado para ser instalado no Parque Eduardo VII, em Lisboa, para a realização de três celebrações: a missa de abertura da JMJ, com o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente; a cerimónia de acolhimento ao Papa Francisco; e a Via Sacra. Esta segunda infraestrutura, que poderá ter uma longa escadaria, vários metros de altura e um cenário composto por um conjunto de torres brancas, não vai levar tantos participantes como o do Parque do Tejo e deverá custar entre 1,5 a dois milhões de euros. 

Ao contrário do altar-palco principal, este não “ficará para a cidade” nem “terá utilização além do evento”, revelou o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Anacoreta Correia. “O terreno do Parque Eduardo VII não tem a mesma exigência que o terreno do palco do Parque Tejo. As características do local onde vai ser implementado e a área não têm rigorosamente nada que ver. Não tem semelhanças possíveis com a dimensão deste palco (do Parque Tejo) e, por isso, serão valores muito inferiores”, disse Anacoreta Correia, citado pelo “JN”.

O concurso internacional para a execução do segundo palco da Jornada Mundial de Juventude será lançado nos próximos dias, pelo que a proposta pode vir a sofrer alterações.

O altar-palco onde o Papa Francisco vai celebrar a missa final do evento, junto ao estuário do rio Tejo, em Lisboa, vai custar 4,2 milhões de euros (mais IVA), segundo o contrato publicado na semana passada no Portal Base. Trata-se de um valor muito superior ao que foi gasto em 2010, quando o Papa Bento XVI celebrou a eucaristia no Terreiro do Paço. A construção desse altar custou entre 200 a 300 mil euros — uma diferença astronómica. 

As previsões indicam que o Parque Tejo vai receber mais de um milhão de jovens. “Não há comparação possível entre o altar onde o Papa Bento XVI celebrou uma missa em 2010 em Lisboa e o palco do Parque do Tejo. Em primeiro lugar, a Jornada Mundial da Juventude é um evento de uma magnitude não comparável à de uma visita Papal”, justifica a autarquia.

A obra do altar foi cedida à construtora Mota-Engil pela SRU ‒ Sociedade de Reabilitação Urbana, empresa municipal da Câmara Municipal de Lisboa que está responsável pelas obras no Parque Tejo, espaço que irá acolher o evento juvenil católico. O contrato foi assinado no dia 13 de janeiro e a construtora terá 150 dias para concluir o projeto, pelo que o altar-palco deverá estar pronto entre junho e julho deste ano.

O palco-altar no Parque Tejo.

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