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STEVE: o arco púrpura confundido com uma aurora boreal avistado no Reino Unido

Têm algumas semelhanças, mas são fenómenos ligeiramente diferentes. A faixa de luz surgiu apenas durante alguns minutos.
Foto: @farmer_just

Quando luzes coloridas iluminam o céu, muitos tendem a pensar que se tratam de auroras boreais. No entanto, essa nem sempre é a realidade. Em algumas circunstâncias, raras, o que se observa é o STEVE (acrónimo em inglês para Strong Thermal Emission Velocity Enhancement) — como aconteceu na madrugada de segunda-feira, 7 de outubro, no Reino Unido.

No início da semana, as auroras boreais foram avistadas em locais pouco habituais devido a intensas tempestades geomagnéticas. Contudo, também emergiu um fenómeno ainda mais invulgar: o STEVE, um espetáculo de luzes imprevisível e efémero.

Segundo a NASA, trata-se de um “raro, misterioso e brilhante arco púrpura que se estende de leste a oeste” e que “ocorre mais perto do equador do que as auroras boreais”, habitualmente visíveis no Hemisfério Norte. 

Este fenómeno consiste num fluxo veloz de partículas extremamente quentes, derivadas de iões subauroriais, que se manifestam no céu como uma linha vertical. Normalmente, o STEVE é visível apenas entre 20 minutos a uma hora, como ocorreu na madrugada de segunda-feira (8), em várias regiões da Escócia e do nordeste de Inglaterra.

Embora exista uma semelhança, o STEVE distingue-se das tradicionais auroras boreais, que adotam uma forma oval no céu. Estas resultam da interação de poeiras solares com o campo magnético da Terra, o que faz gerar fortes correntes elétricas que “aceleram e precipitam partículas carregadas para o nível superior da atmosfera, onde colidem com os gases que a constituem”, lê-se num estudo publicado na revista “Science Advances”.

A energia libertada nesta interação resulta numa emissão fluorescente de fotões que pinta o céu com uma palete de tons verdes, vermelhos e azuis. Em contraste, o STEVE apresenta-se como uma coluna estreita de luz violeta e orientada verticalmente, à qual se pode adicionar uma tonalidade esverdeada, que se pode estender por centenas ou milhares de quilómetros.

Além das suas cores púrpura, rosada e esbranquiçada, é ainda caracterizado pelo seu posicionamento a uma altitude inferior na magnetosfera terrestre. Os últimos avistamentos deste fenómeno no Reino Unido datam de novembro de 2023, mas a atividade solar intensa sugere que novas observações poderão ocorrer nos próximos dias.

Carregue na galeria para ver algumas das imagens das auroras boreais que iluminaram os céus do Reino Unido e EUA esta semana.

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