Na cidade

Terceira travessia sobre o Tejo vai permitir a circulação de carros e comboios

A nova ponte, que ligará Chelas ao Barreiro, será rodoferroviária para assegurar as ligações ao futuro aeroporto, em Alcochete.
Vai ser rodoferroviária.

Um trabalho de oito horas diárias pode facilmente ser sinónimo de 13 horas fora de casa, sobretudo se a deslocação implicar a travessia das pontes sobre o Tejo, seja de carro ou transportes públicos. Precisamente para dar resposta às filas intermináveis no trânsito (e aos comboios onde ninguém se consegue sentar), surgiu a ideia de erguer uma terceira travessia sobre o Tejo — que começou a ser discutida há vários anos.

Para a Infraestruturas de Portugal (IP), a solução passa por construir uma ponte rodoferroviária, entre a zona de Chelas, em Lisboa, e o Barreiro, no distrito de Setúbal, que permita a circulação tanto de carros como de comboios, avançou o “Expresso”. Inicialmente, o governo ainda colocou a possibilidade de a terceira travessia servir apenas comboios — para incluir carros, custaria mais 600€ milhões —, mas o futura aeroporto de Alcochete levou a uma mudança de decisão.

O objetivo do executivo é lançar o concurso para a infraestrutura até março de 2030, altura em que termina a concessão das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama. Desta forma, a terceira travessia ficará incluída no novo contrato de concessão.

No entanto, é pouco provável que a construção esteja concluída antes de 2023. O processo, além do lançamento do concurso, implica depois a fase de projeto e a avaliação ambiental, mas basta que tenha sido feita a adjudicação da obra para poder fazer parte da nova concessão.

A expectativa do governo é que a terceira travessia, orçada em 2,2 mil milhões de euros, esteja concluída até 2034, altura em que também deverá estar concluído o novo Aeroporto Luís de Camões, em Alcochete.

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