Os funcionários da CP — Comboios de Portugal vão fazer greve esta sexta-feira, 28 de junho, exigindo a valorização das carreiras, refere um documento subscrito por mais de 10 sindicatos. Foram estabelecidos serviços mínimos para os próximos dias.
“Um conjunto de organizações sindicais tem reunido no sentido de analisar os processos negociais na CP e na IP [Infraestruturas de Portugal], tendo, para já, decidido entregar um pré-aviso de greve para a CP para o próximo dia 28 de junho”, adiantam os sindicatos.
A greve vai abranger todos os trabalhadores da empresa e vai decorrer durante 24 horas. A empresa prevê “perturbações na circulação dos comboios”, em especial no dia anterior e seguinte.
A decisão do Tribunal Arbitral sobre a paralisação e outra convocada entre 27 de junho e 14 de julho inclui os serviços mínimos nos casos de socorro e transporte de mercadorias perigosas e bens perecíveis e ainda uma lista de comboios assegurados.
O serviço de longo curso contará com 23 por cento do serviço salvaguardado, os regionais com 25 por cento, os urbanos de Lisboa e Porto com 25 por cento cada e os urbanos de Coimbra com 24 por cento.
“Serão assegurados os meios humanos e materiais necessários à concretização dos serviços mínimos fixados, incluindo, designadamente, as marchas associadas, bem como o seu início, fecho, posicionamento e restantes operações necessárias”, segundo o Tribunal.
“É a altura de passar do descontentamento manifestado nas conversas nos locais de trabalho para a ação e luta. Todos juntos, em unidade, vamos manifestar à administração da CP e à tutela setorial que os trabalhadores querem ver melhoradas as suas condições de trabalho”, assinalaram os trabalhadores.
Os sindicatos ressalvam que a greve na IP não vai avançar já, uma vez que ainda vão decorrer reuniões. Posteriormente, irão avaliar se existiram ou não evoluções que vão ao encontro das exigências apresentadas.
