Após vários meses de obras, o túnel do Metropolitano de Lisboa que vai unir as futuras estações da Estrela e de Santos já está concluído. Agora, fica a faltar apenas a ligação ao Cais do Sodré. Tudo indica que a nova linha circular estará pronta no primeiro trimestre de 2025, que representa um investimento estimado de 330 milhões de euros.
O ponto de situação dos trabalhos de extensão do Metro foi divulgado esta terça-feira, 2 de janeiro, durante uma visita às obras da futura estação da Estrela, localizada no antigo Hospital Militar. A próxima fase será a conclusão do túnel que ligará a estação de Santos à do Cais do Sodré, fechando o anel de uma ligação que começará a partir do Campo Grande.
“No primeiro ano de funcionamento queremos conquistar 12 milhões de novas viagens. Esta é uma peça central no complexo sistema de mobilidade na principal área metropolitana do País, onde vivem cerca de 2,9 milhões de pessoas”, afirmou o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, aqui citado pela “SIC Notícias”.
Localizada na Calçada da Estrela, em frente à Basílica da Estrela, a nova estação de metro terá acesso na extremidade sul do jardim, a partir do edifício da antiga farmácia do Hospital Militar e será servida por seis ascensores e duas escadas mecânicas. Já o acesso principal da futura estação de Santos ficará no Largo da Esperança e haverá escadas rolantes.
O governante referiu ainda outras obras previstas no plano de expansão e modernização do Metro de Lisboa, como o alargamento da linha Vermelha (que terá mais quatro estações) e a construção da linha Violeta (que ligará Odivelas a Loures). “O impacto ambiental destas obras é impressionante. As três novas linhas de metro vão evitar a emissão de 41 mil toneladas de dióxido de carbono e permitirão mais 45 milhões de viagens em transporte coletivo”, destacou.
No início de dezembro, o Metropolitano de Lisboa aprovou a adjudicação da conceção e construção da extensão da Linha Vermelha (entre São Sebastião e Alcântara) à empresa Mota-Engil. O novo troço irá incluir quatro estações: Amoreiras/Campolide, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara, sendo que esta última fará a ligação à futura Linha Intermodal Sustentável, promovendo a ligação ao concelho de Oeiras.
Já no caso da linha Violeta, que deverá estar operacional até ao fim de 2026, irá conectar os concelhos de Loures e Odivelas. O concurso para a construção deverá ser lançado durante o início deste ano. Este novo projeto contará com um total de 17 estações e cerca de 11,5 quilómetros de extensão.
No concelho de Loures, as paragens servirão as freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas. Em Odivelas, o projeto inclui a construção de oito estações que vão servir as freguesias da Póvoa de Santo Adrião, Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças, numa extensão total de 5,1 quilómetros. O investimento previsto é de 527,3 milhões de euros.
A extensão da linha do metro sul do Tejo até à Caparica, em Almada, e a construção do sistema de transporte ligeira que ligará a linha Vermelha do metro ao concelho de Oeiras também foram outros dos investimentos mencionados pelo ministro do ambiente.