A primavera ainda agora começou, mas já só conseguimos pensar no verão e nos dias longos e quentes que não costumam desapontar e rendem muitos (e bons) mergulhos. É normal, portanto, que tenha começado a pensar onde se vai refrescar sempre que surgir a oportunidade.
Para aqueles que não resistem à água salgado, mas se sentem mais confortáveis quando não correm o risco do chão lhes fugir, as piscinas oceânicas são a melhor opção. Por sorte, Portugal tem uma das mais espectaculares do mundo. Falamos da Piscina das Marés, um dos projetos mais icónicos de Álvaro Siza Vieira. Quem o diz é a “Lonely Planet”, a maior editora mundial de guias de viagem.
Inaugurada em 1966 — e qualificada como Monumento Nacional desde 2011 —, este espaço na praia de Leça, em Leça da Palmeira, aglomera um conjunto de duas piscinas de água salgada (uma só para crianças) que se destaca pela integração harmoniosa na paisagem da costa marítima.
Em 2019, o município de Matosinhos, ao qual pertence, iniciou um processo de requalificação do complexo, de modo a combater a deterioração de elementos como a a estrutura do betão armado, o tanque principal da piscina e o sistema de filtragem da água salgada.
Além da reabilitação de todos os edifícios e dos tanques, foram construídos novos balneários. Já a área de permanência ao ar livre foi aumentada. Os trabalhos de recuperação, resultado de um investimento de 1,3 milhões de euros, também foram assinados por Siza Vieira.
Grotto della Poesia (Itália), Queen’s Baths (Bahamas), Tunnels Beaches (Reino Unido), To Sua Ocean Trench (Samoa), Bondi Icebergs Pool (Austrália), Porto de Galinhas (Brasil) e Sea Point Pavilion (África do Sul) são outras piscinas do género, entre grutas de rochas naturais e feitas pelo homem com concreto e azulejo, destacadas pelo “Lonely Planet”. Todas oferecem o melhor de dois mundos: “águas seguras e serenas com vistas ilimitadas do mar e do céu”.
