É, precisamente, na data em que se assinala o Dia Internacional dos Monumentos e dos Sítios, que arranca a primeira de várias greves dos trabalhadores de museus e monumentos nacionais previstas para este ano.
A paralisação começa esta sexta-feira, 18 de abril, e vai prologar até 31 de dezembro, “afetando todos os feriados até lá”, refere a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), responsável pela convocação da greve.
O objetivo é “exigir uma justa compensação pelo trabalho prestado nestes dias”. A decisão surge após uma reunião, no passado mês de março, com a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, e com a administração da Museus e Monumentos de Portugal, onde não houve “abertura para negociar” por parte da tutela.
Em causa está o valor que os trabalhadores recebem em dias de feriado: cerca de 15€ a 20€, o que representa “metade de um dia normal”, e são-lhes pagas até duas horas suplementares.
“Há anos que este problema se arrasta, sem que os sucessivos governos tenham tomado uma decisão no sentido de valorizar o trabalho prestado em dias feriados nos museus, monumentos e sítios classificado”, sublinhou a federação.
A paralisação vai afetar os 38 espaços geridos pela Museus e Monumentos de Portugal, que conta com cerca de mil colaboradores, entre os quais o Palácio Nacional de Mafra, o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém e o Convento de Cristo.