A histórica localidade de Vilarinho da Furna, situada na zona nordeste de Terras de Bouro, no Gerês, ficou completamente submersa em 1971 pelas águas da albufeira da barragem — com o mesmo nome — construída no rio Homem. Sob as águas, ainda se encontram as ruínas das casas e outros edifícios da extinta aldeia comunitária.
Quando a barragem é esvaziada para limpeza ou quando desce o nível das águas em períodos de seca — como o que estamos a viver atualmente — os vestígios emergem. Segundo o jornal “O Minho”, metade da extensão da aldeia já é visível devido à seca que assola todo o País.
Com a descida do nível das águas, a empresa que explora a barragem aproveitou para limpar os pilares e outras estruturas que costumam estar submersas pela albufeira do rio Homem. Pelo quarto fim de semana consecutivo, a Associação dos Antigos Habitantes de Vilarinho da Furna (AFURNA) vão permitir o acesso de visitantes aos antigos terrenos da povoação, como as três praias fluviais e o casario em granito.
Em declarações ao “O Minho”, o guardião António Barroso revelou que, a partir do dia 1 de agosto, haverá um bar para apoiar a zona balnear. Também vai ser possível visitar a parte que não está submersa da antiga aldeia, até 15 de setembro.
Os bilhetes que permitem o acesso durante todo o dia à aldeia, ao campo de merendas, às praias fluviais, ao Arco da Mondeira e da Portela e à Quinta do Padre Outeiro custam 3€ de chegar de automóvel, 2€ para quem viaja da moto, 1€ para quem for de bicicleta e 50 cêntimos por cada pessoa que circule a pé pelos terrenos. Esta taxa serve para financiar as atividades de manutenção dos espaços levados a cabo durante todo o ano. Carregue na galeria para descobrir o que já possível ver da aldeia Vilarinha da Furna.