Após várias semanas de queixas e relatos que davam conta de uma utilização indevida do microfone, o WhatsApp pediu — finalmente — desculpa aos utilizadores, dizendo que se trata de “um bug”.
Segundo as denúncias feitas em diversas plataformas, a rede social estaria a aceder aos microfones de determinados smartphones com sistema operativo Android, mesmo quando a aplicação não era utilizada. No passado sábado, dia 6 de maio, a discussão ganhou uma nova dimensão. Foad Dabiri, engenheiro do Twitter, denunciou que lhe acontecia o mesmo.
“O WhatsApp acedeu ao microfone no background [em segundo plano] enquanto dormia e está a fazê-lo, desde que acordei, às seis da manhã”, escreveu no Twitter. Três dias depois, Elon Musk, dono da Tesla e do Twitter, respondeu à publicação escrevendo: “O WhatsApp não é de confiança”.
A aplicação reagiu à declaração de Musk pedindo à Google para investigar a existência de um bug: “Nas últimas 24 horas que estamos em contacto com um engenheiro do Twitter que fez uma publicação sobre um problema com o seu telemóvel Pixel [da Google] e o WhatsApp. Acreditamos que se trata de um bug no sistema operativo Android que lê incorretamente as informações do painel de controlo de privacidade. Solicitámos à Google que o investigasse e corrigisse.”
O WhatsApp explicou que, “após receber permissão”, só acede ao microfone quando o utilizador se encontra a utilizar a aplicação para gravar um áudio ou durante chamadas de voz, ou vídeo, mas ainda assim, “essas comunicações estão protegidas por criptografia end-to-end” para não poderem ser escutadas por terceiros.
Entretanto, a Google já veio esclarecer que está “ciente do problema” e a “trabalhar em estreita colaboração com o WhatsApp para investigar”, segundo o comunicado, citado pelo “Observador”. E aconselhou uma solução temporária para o problema: reiniciar o telefone.
